Caso EDP. Julgamento de Manuel Pinho e Ricardo Salgado novamente adiado

Recorde-se que esta é já a segunda vez que o início do julgamento do processo EDP foi adiado, uma vez que na terça-feira foi adiado nesse dia para esta sexta-feira. 

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Notícias ao Minuto com Lusa
06/10/2023 09:52 ‧ 06/10/2023 por Notícias ao Minuto com Lusa

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EDP

O início do julgamento do caso EDP,  em que são arguidos o antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, o ex-ministro da Economia Manuel Pinho e a mulher, Alexandra Pinho, foi adiado (novamente) para a próxima terça-feira devido à greve dos funcionários judiciais.

"É  a segunda vez que aqui venho e não posso prestar declarações. Espero que isso se suceda o mais rápido possível", referiu Manuel Pinho, à porta do Tribunal Central Criminal de Lisboa, no Campus de Justiça, em declarações à CNN Portugal.

O ex-ministro reiterou ainda estar "preparadíssimo" para enfrentar o julgamento.

Também à saída do tribunal após tomar conhecimento do adiamento, o advogado de Ricardo Salgado, Francisco Proença de Carvalho, disse aos jornalistas que "não vale a pena responsabilizar os funcionários judiciais pelo atraso do processo", uma vez que "o inquérito demorou mais de 10 anos".

"Não foi por culpa dos funcionários judiciais" que houve tanta morosidade neste processo", afirmou.

A greve de hoje foi convocada pela Federação Nacional de Sindicatos Independentes da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (FESINAP) para a Administração Pública Central, Regional e Local e para entidades do setor público, que abrange os funcionários judiciais.

Recorde-se que esta é já a segunda vez que o início do julgamento do processo EDP foi adiado, uma vez que na terça-feira foi adiado nesse dia para esta sexta-feira. 

De notar que o antigo ministro da Economia (entre 2005 e 2009), em prisão domiciliária desde dezembro de 2021, é acusado de um crime de corrupção passiva para ato ilícito, outro de corrupção passiva, um crime de branqueamento de capitais e um crime de fraude fiscal.

A mulher, Alexandra Pinho, será julgada por um crime de branqueamento e outro por fraude fiscal, em coautoria material com o marido, enquanto Ricardo Salgado vai a julgamento por um crime de corrupção ativa para ato ilícito, um crime de corrupção ativa e outro de branqueamento de capitais.

Ricardo Salgado foi submetido, em 28 de setembro, a um exame neurológico no Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF) de Coimbra, que foi pedido pelos advogados do antigo presidente do BES em vários processos nos últimos dois anos, para avaliar o impacto no julgamento do diagnóstico de doença de Alzheimer que lhe foi atribuído, mas só tem valor de perícia no processo EDP.

Inicialmente ligada à gestão da empresa elétrica e a alegados favores, a investigação do processo EDP arrancou em 2012 por suspeitas de corrupção e participação económica em negócio por parte dos antigos administradores António Mexia e Manso Neto para a manutenção do contrato das rendas excessivas, no qual, segundo o MP, teriam corrompido o ex-ministro Manuel Pinho.

No entanto, o MP acabou por separar em dezembro de 2022 os processos, ao centrar-se por agora nas suspeitas de corrupção e branqueamento com dinheiros provenientes do Grupo Espírito Santo (GES) relativamente a Manuel Pinho, Alexandra Pinho e Ricardo Salgado.

[Notícia atualizada às 10h26]

Leia Também: Caso EDP. Início do julgamento com sessão às 9h30 anulada no Citius

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