Em declarações à Lusa, José Luís Carneiro, indicou que este projeto, que foi posto hoje em funcionamento, "tem o mérito de ser uma iniciativa promovida pelo próprio Comando Territorial", mas cujos resultados, "sendo positivos", permitirão "alargar esta experiência particularmente para territórios de grande expressão, territórios muito amplos".
O governante falava à Lusa, em Moura, no distrito de Beja, à margem da cerimónia do Dia do Comando Territorial de Beja da Guarda Nacional Republicana (GNR).
O ministro da Administração Interna explicou que esta iniciativa permite que "os militares da Guarda Nacional Republicana estejam equipados com tecnologia, deslocando-se aos territórios e às comunidades locais mais afastadas dos postos territoriais e junto das populações.
Os militares poderão assim, acrescentou, realizar "todo o serviço que efetuam no posto territorial, nomeadamente emissão de documentos, recolha de dados e de informação, que ficam numa base de dados que é salvaguardada e segura por parte dos próprios militares da Guarda Nacional Republicana".
"Há um investimento em curso de modernização tecnológica da Guarda Nacional Republicana e da Polícia de Segurança Pública, este é um dos projetos que está enquadrado nesse esforço de modernização tecnológica onde está depois o projeto Eguard, que é um projeto de sinalização de georreferenciação e de acompanhamento dos cidadãos mais idosos e também o projeto do Guarda Digital, bem como o Posto de Atendimento Eletrónico", adiantou.
O governante acrescentou que é um conjunto de projetos que já têm "financiamento garantido", quer no âmbito da lei de programação de infraestruturas e equipamentos, quer no âmbito de fundos europeus, fundo de segurança interna, e hoje arrancou este "projeto inovador", denominado Gabinete de Proximidade e Atendimento Comunitário, que "permitirá que a Guarda Nacional Republicana se desloque aos territórios, às comunidades locais".
José Luís Carneiro explicou ainda que o projeto que hoje arrancou é diferente de um posto móvel, adiantando que "um posto móvel em regra tem associado uma viatura e um equipamento integrado em viaturas".
Trata-se de "ter um militar, ou dois militares, que se deslocam, o que multiplica a capacidade de resposta e que podem de terra em terra, de localidade em localidade, ir ao encontro das próprias populações e se necessário for [irem] ao próprio domicílio das pessoas".
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