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Ativistas alegam ter sido obrigados a "despir-se" pela polícia da AR

Em causa está um grupo de estudantes associado ao movimento Greve Climática Estudantil Lisboa.

Ativistas alegam ter sido obrigados a "despir-se" pela polícia da AR
Notícias ao Minuto

21:25 - 11/10/23 por Notícias ao Minuto

País Assembleia da República

O movimento Greve Climática Estudantil Lisboa alega que nove estudantes, que tentaram fazer, na tarde desta quarta-feira, um protesto pelo fim aos combustíveis fósseis na sessão plenária da Assembleia da República, foram "retidos" e obrigados a "despir-se" pela polícia.

Num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, o movimento indica que depois de vários estudantes "já estarem sentados no local onde teria início a sessão plenária, um deles, enquanto estava a entrar, foi levado para uma sala isolada e obrigado a despir-se".

A porta-voz do movimento, Teresa Núncio, citada na mesma nota, alega que, embora a revista para entrar na Assembleia da República seja comum, a pessoa foi submetida a um ato "humilhante", por "ter suspeita de ar de ativista", não tendo sido encontrado nenhum objeto perigoso. 

"De seguida, os restantes estudantes foram também chamados e retidos, tendo vários sido obrigados também a despir-se. Nenhum dos estudantes acabou por ser identificado, pois, segundo estes 'a polícia não encontrou motivo para tal', mas foram impedidos de assistir à sessão plenária", lê-se.

"Obrigaram-nos a despir por terem medo de que fossemos fazer uma manifestação pacífica (...) Mas recusaram-se a dizer porque é que nos estavam a revistar e a reter. A certo ponto chegaram a dizer que estávamos detidos, apesar de oficialmente nunca termos sido detidos", afirma a porta-voz.

"A repressão ao direito de manifestação chegou a este ponto. Não há qualquer justificação para fazer alguém despir-se só para impedir um protesto pacífico. Têm medo que protestemos, porque sabem que estamos do lado certo da História", acrescenta.

O Notícias ao Minuto entrou em contacto com a Polícia de Segurança Pública (PSP) e com o Gabinete de Comunicação da Assembleia da República para obter mais esclarecimentos, mas sem sucesso até ao momento.

De realçar que o protesto se inseria no movimento estudantil pelo fim dos combustíveis fósseis. Em novembro, o movimento vai arrancar com uma nova onda de ações, prometendo "voltar a ocupar escolas e universidades, mas também interromper a normalidade das instituições de poder".  

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