Os últimos oito portugueses que manifestaram intenções de regressar a solo nacional e abandonar Israel chegaram esta quinta-feira, pelas 7h30, ao Aeródromo de Figo Maduro, em Lisboa, segundo anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
A aeronave C-130 da Força Aérea Portuguesa transportou as últimas 22 pessoas, entre elas oito portugueses e 14 cidadãos estrangeiros, que estavam em Chipre desde ontem, de acordo com uma nota da tutela.
"Com a chegada da aeronave C-130 da Força Aérea Portuguesa, termina a missão de repatriamento desencadeada por Portugal para trazer os cidadãos nacionais que sinalizam que pretendiam deixar Israel", assinalou a entidade.
Assim, e segundo o Ministério dirigido por João Gomes Cravinho, "todos os cidadãos nacionais que sinalizaram às autoridades portugueses a intenção de voltar já estão em Portugal".
"A missão de repatriamento teve ainda capacidade para responder ao apelo de vários parceiros internacionais, com o transporte de cerca de quatro dezenas estrangeiros, alguns dos quais ficaram em Larnaca para daí regressarem ao seu país de origem", detalhou ainda o comunicado.
Portugal foi, de acordo com a missiva, "um dos primeiros países a conseguir desencadear um voo militar e, por conseguinte, a repatriar cidadãos nacionais", tendo contado com "a colaboração das autoridades cipriotas, que disponibilizaram instalações para acolher o primeiro grupo de cidadãos, que esperou pelo segundo que vinha a bordo do C-130 para, depois em conjunto, rumarem a Portugal num voo fretado pelo Estado português, que chegou ontem de manhã a Lisboa".
"A missão de repatriamento, que transportou duas centenas de pessoas, entre nacionais e estrangeiros, foi operacionalizada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e pelo Ministério da Defesa Nacional", rematou.
Na quarta-feira, 152 portugueses aterraram no mesmo local, pelas 10h45 da manhã, tendo Gomes Cravinho lamentado a morte de Rotem Neumann, a jovem luso-israelita de 25 anos que se encontrava no festival de música junto à Faixa de Gaza que foi atacado pelo Hamas. Mais tarde, soube-se que Dorin Atias, uma segunda jovem de 22 anos que estava desaparecida nas mesmas circunstâncias foi, também, encontrada sem vida.
De notar que, depois do ataque surpresa do Hamas contra o território israelita, sob o nome 'Tempestade al-Aqsa', Israel bombardeou a partir do ar várias instalações daquele grupo armado na Faixa de Gaza, numa operação que denominou 'Espadas de Ferro'.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE).
[Notícia atualizada às 10h17]
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