"O Governo já nos anunciou a alta velocidade, que, ao que sabemos, terá o cuidado de uma estação em Ponte de Lima e outra em Valença, mas exigimos que seja agarrado todo o projeto de rodovia. Há 30 anos, quando se pensou a A28, ela estava pensada para continuar até Valença, vir até ao nó de Sapardos e derivar para Monção e Melgaço", observou Manoel Batista, em declarações à Lusa à margem da apresentação do Mercatus - Agrupamento Europeu de Interesse Económico Transfronteiriço Galiza | Norte de Portugal.
O também presidente da autarquia de Melgaço diz que a conclusão da A28 é uma "exigência" que a região faz ao Governo "há três anos".
"Precisamos que isso aconteça", sustentou.
Manoel Batista reconheceu que a obra não está prevista no Orçamento do Estado para 2024.
"O compromisso da tutela é que, no próximo ano, haja uma conversa mais estreita com o território e os municípios para começar a avançar com o projeto", afirmou.
Para o presidente da CIM, "Valença não pode estar sujeita à atual pressão rodoviária no centro da cidade com a circulação para Monção e Melgaço".
"Certamente, Valença não aguentará essa pressão quando aumentar exponencialmente o trânsito de mercadorias para aqueles territórios", avisou.
O autarca assinalou que "a economia do Alto Minho tem crescido de uma forma extraordinária" e "vai crescer mais ainda porque estão criadas condições, nos municípios, para que essa industrialização se acelere".
Para além do "prolongamento da A28", que atualmente chega até Caminha, também a zona do Lima precisa de uma "melhoria da ligação entre Arcos de Valdevez e Ponte da Barca, e a fronteira da Madalena, onde o trânsito de mercadorias acelera de forma muito grande", observou.
Também o presidente da Câmara de Valença, José Manuel Carpinteira, notou que "o Vale do Minho está a precisar que a A28 tenha continuidade, para chegar a Valença e, depois, a Monção e Melgaço".
O autarca referiu que "em Valença é preciso fazer uma variante".
"Quem vem de sul para norte tem de passar no centro da cidade, nomeadamente camiões. É uma questão económica e ambiental", defendeu.
O Mercatus - Agrupamento Europeu de Interesse Económico Transfronteiriço Galiza | Norte de Portugal é composto pela Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL) e pela Câmara de Comércio de Tui, para fomentar um "mercado único" entre as duas regiões.
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