Quatro luso-israelitas terão sido raptados pelo Hamas, segundo avançou a CNN Portugal, este domingo, com base em informações da Embaixada de Israel em Portugal. O Notícias ao Minuto está em contacto com a entidade, por forma a confirmar estas afirmações.
De recordar que, na sexta-feira, subiu para quatro o número de portugueses desaparecidos em Israel, entre eles Idan Shtivi, de 28 anos, Gilad Ben Yehuda, de 28 anos, Moshe Saadyan, de 26 anos, e Orin Bira, de 53 anos, segundo confirmou a Comunidade Israelita do Porto ao Notícias ao Minuto.
O organismo adiantou que o jovem de 28 anos estava no festival de música atacado pelo Hamas, no sábado.
Agora, o canal televisivo português diz ter confirmado junto da Embaixada de Israel em Portugal que os desaparecidos foram raptados pelo Hamas, tal como havia sido equacionado pela Comunidade Israelita do Porto, que terá solicitado, esta semana, ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para que Portugal faça "tudo no sentido de resgatar os cidadãos portugueses desaparecidos e, com certeza, raptados pelo Hamas".
Já na quarta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, disse que não queria "especular" sobre as circunstâncias do desaparecimento dos então quatro luso-israelitas identificados, lembrando que é "uma situação muito complicada".
De notar que um luso-israelita de 22 anos está gravemente ferido no hospital de Hadassa, em Israel. Conforme detalhou a Comunidade Israelita do Porto ao Notícias ao Minuto, Menachem Hillel Ben Kalifa é filho de Rephael Ben Kalifa, que descende da comunidade sefardita tradicional de Marrocos.
"Nos séculos XIX e XX, elementos desta família regressaram a Portugal, havendo registos dos seus nomes nos cemitérios judaicos de Lisboa e Açores", esclareceu.
Sublinhe-se ainda que duas cidadãs luso-israelitas foram, nos últimos dias, encontradas sem vida. Rotem Neumann, de 25 anos, e Dorin Atias, de 22 anos, estavam, também, no festival de música Supernova, atacado pelo grupo islâmico.
Depois do ataque surpresa do Hamas contra o território israelita, sob o nome 'Tempestade al-Aqsa', Israel bombardeou a partir do ar várias instalações daquele grupo armado na Faixa de Gaza, numa operação que denominou 'Espadas de Ferro'.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE). Esta quarta-feira, Netanyahu acordou com a oposição a criação de um governo de emergência nacional e de um gabinete de guerra.
[Notícia atualizada às 12h36]
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