A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) continuará a receber notificações diárias das transações de medicamentos para a diabetes e obesidade que pertencem à classe dos agonistas dos receptores GLP-1 até que se verifique uma maior “estabilidade no abastecimento” e deixem de ser verificar “constrangimentos no acesso”.
Face à falta de fármacos desta classe de agonistas, motivada “pelo elevado aumento de consumo, por um lado, e pelos níveis de fornecimento por parte das empresas”, o Infarmed notificou, a 17 de outubro, os titulares e distribuidores por grosso a operar em Portugal para que passassem “a reportar diariamente todas as transações destes medicamentos”, disse esta entidade, em declarações ao Notícias ao Minuto.
Trata-se, assim, de “uma medida que permita um melhor controlo e monitorização da atuação de todos os intervenientes no circuito do medicamento, desde o titular do medicamento, passando pela distribuição, até à farmácia”.
“Esta informação é de extrema importância para uma monitorização do abastecimento do mercado mais atempada e sistemática e do acesso dos doentes a estes medicamentos”, apontou a entidade, que ressalvou que “a medida manter-se-á até se verificar estabilidade no abastecimento e deixarem de se verificar constrangimentos no acesso”.
De notar que, na semana passada, a Agência Europeia do Medicamento (EMA) alertou a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) para a circulação de embalagens falsificadas de Ozempic, medicamento injetável para a diabetes. Contudo, em Portugal ainda não foram detetadas unidades falsificadas, segundo adiantou a autoridade nacional, na altura.
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