Em comunicado, o PCP do Porto refere que na proposta do Governo, apresentada num momento em que o país "está confrontado com um forte agravamento do custo de vida", perda do poder de compra, problemas no Serviço Nacional de Saúde e no acesso à habitação, "era expectável encontrar a resposta aos problemas com que o país está confrontado".
"Mas, para lá de não responder aos problemas do país, esta proposta de Orçamento também não responde aos problemas específicos da região", defende o PCP.
À semelhança das críticas que fez ao Orçamento do Estado para 2023, Aquela estrutura aponta como problemas específicos da zona Norte, a que o documento não responde, a necessidade de construção do novo Centro Hospitalar PÓvoa de Varzim e Vila do Conde, a falta de habitação que "alastra no distrito" e as "mais evidentes" carências de uma rede pública de creches e lares.
Segundo o PCP, a proposta de Orçamento do Estado "mantém constrangimentos como as ex-SCUT (A4, A41, A42, A28, A29), não prevê verbas para a conclusão do IC35, há mais de 20 anos prometido, continua a adiar o investimento na ferrovia que permita a reabertura da Linha de Leixões, com ligação a Campanhã por Ermesinde, ou a reabertura de Linha do Tâmega".
O PCP aponta ainda como falhas no documento proposto pelo Governo a falta de previsão das verbas necessárias a um "verdadeiro desenvolvimento das linhas de Metro, que permita avançar em 2024 com as linhas há muito previstas para a Trofa, centro de Gondomar (por Valbom), Campo Alegre, Devesas, São Mamede de Infesta ou nova linha da Maia".
"Esta proposta de Orçamento não serve o país, nem serve a região. O PCP não deixará de intervir na denúncia do conteúdo desta proposta e na exigência das respostas e soluções que o país e a região precisam", conclui.
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