A informação foi avançada num comunicado do SinFAP, que tinha convocado uma greve nacional para hoje para todos os trabalhadores do ICNF, justificada pelo que considerou ser a "ausência de diálogo" da instituição.
A mesma nota indica que o secretário de Estado da Conservação da Natureza e das Florestas, João Paulo Catarino, deu instruções ao conselho diretivo do ICNF para "encetar as devidas negociações".
Com a perspetiva da greve, o sindicato referiu que já houve contactos para a abertura de concursos de progressão, a entrega de telemóveis para os funcionários que trabalham no exterior e o pagamento de trabalho extraordinário e ajudas de custo que estariam em falta.
Nesse sentido, o SinFAP decidiu cancelar a concentração que estava prevista para hoje junto à sede do ICNF, em Lisboa, como sinal de "diálogo para que os direitos e as reivindicações dos trabalhadores do ICNF sejam repostos", limitando-se a manter a greve nacional.
Os trabalhadores do ICNF exigem a abertura de concursos para as carreiras de assistente técnico, vigilante da natureza, técnico superior, bombeiro sapador florestal e assistente operacional; o pagamento de trabalho suplementar e ajudas de custo em falta a todos os trabalhadores e a aplicação de isenção de horário aos trabalhadores cujo grau de complexidade assim o determine.
A distribuição, a todos os trabalhadores, de fardamento e equipamentos de proteção, a distribuição de telemóveis por todos os trabalhadores que prestem serviço externo e a intervenção urgente nos edifícios e no parque automóvel estão também entre as reivindicações dos cerca de 1.050 funcionários do organismo.
De acordo com o sindicato, os trabalhadores pedem igualmente a demissão do conselho diretivo do ICNF, que dizem "não lidar bem com a democracia pluralista, com a liberdade de escolha e de opinião".
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