Três cidadãos portugueses morreram em bombardeamento no sul de Gaza

Três cidadãos nacionais, bem como dois palestinianos, morreram num bombardeamento no sul de Gaza, anunciou o MNE. Aguardavam retirada por indicação de Portugal.

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© Sameh Rahmi/NurPhoto via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
15/11/2023 23:45 ‧ 15/11/2023 por Notícias ao Minuto com Lusa

País

Israel/Palestina

O Governo português "lamenta profundamente a morte de três cidadãos nacionais na sequência de um bombardeamento hoje no sul de Gaza", anunciou o ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) em comunicado enviado às redações, esta quarta-feira.

"Estes nacionais, assim como outros dois palestinianos que morreram no mesmo bombardeamento, aguardavam a retirada por indicação de Portugal", lê-se na mesma missiva, onde o MNE avança que "esta noite, as autoridades egípcias, em articulação com as autoridades israelitas, autorizaram a saída de Gaza para 10 cidadãos sinalizados por Portugal para a retirada daquele território - dois dos quais luso-palestinianos".

A saída deverá decorrer, sob coordenação das autoridades locais, através da passagem de Rafah, "nas próximas horas". Esta passagem fronteiriça "estará aberta para a retirada de cidadãos estrangeiros de Gaza para o Egito".

"As Embaixadas de Portugal no Cairo e em Telavive, bem como a representação diplomática de Portugal em Ramallah e o Gabinete de Emergência Consular em Lisboa, estão em contacto com este grupo de cidadãos, bem como com as respetivas autoridades locais para concretizar a saída em segurança. O repatriamento dos cidadãos deste grupo que venham a sair, amanhã e em dias seguintes, a partir do Egito ficará a cargo do Estado Português, estando assegurados alojamento e transporte para território nacional", conclui a nota.

Aos jornalistas, citado pela agência Lusa, o ministro dos Negócios Estrangeiros adiantou que morreram "uma adulta e duas crianças" de nacionalidade portuguesa e referiu ter transmitido em nome de Portugal ao seu colega israelita "desgosto em relação a estas mortes".

"Aquilo que aconteceu esta tarde com a morte de três cidadãos nacionais e dois familiares diretos desses cidadãos é mais uma prova de que este não é o caminho certo. Nós precisamos de parar agora estes bombardeamentos", defendeu.

Para João Gomes Cravinho, "pausa, cessar-fogo, trégua, pouco importa" o que se chame, "desde que o resultado seja a cessação de bombardeamentos que estão a provocar vítimas civis".

[Notícia atualizada às 23h57]

Leia Também: Resolução da ONU "não tem sentido". "Terroristas nem sequer lerão"

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