O Governo português "lamenta profundamente a morte de três cidadãos nacionais na sequência de um bombardeamento hoje no sul de Gaza", anunciou o ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) em comunicado enviado às redações, esta quarta-feira.
"Estes nacionais, assim como outros dois palestinianos que morreram no mesmo bombardeamento, aguardavam a retirada por indicação de Portugal", lê-se na mesma missiva, onde o MNE avança que "esta noite, as autoridades egípcias, em articulação com as autoridades israelitas, autorizaram a saída de Gaza para 10 cidadãos sinalizados por Portugal para a retirada daquele território - dois dos quais luso-palestinianos".
A saída deverá decorrer, sob coordenação das autoridades locais, através da passagem de Rafah, "nas próximas horas". Esta passagem fronteiriça "estará aberta para a retirada de cidadãos estrangeiros de Gaza para o Egito".
"As Embaixadas de Portugal no Cairo e em Telavive, bem como a representação diplomática de Portugal em Ramallah e o Gabinete de Emergência Consular em Lisboa, estão em contacto com este grupo de cidadãos, bem como com as respetivas autoridades locais para concretizar a saída em segurança. O repatriamento dos cidadãos deste grupo que venham a sair, amanhã e em dias seguintes, a partir do Egito ficará a cargo do Estado Português, estando assegurados alojamento e transporte para território nacional", conclui a nota.
Aos jornalistas, citado pela agência Lusa, o ministro dos Negócios Estrangeiros adiantou que morreram "uma adulta e duas crianças" de nacionalidade portuguesa e referiu ter transmitido em nome de Portugal ao seu colega israelita "desgosto em relação a estas mortes".
"Aquilo que aconteceu esta tarde com a morte de três cidadãos nacionais e dois familiares diretos desses cidadãos é mais uma prova de que este não é o caminho certo. Nós precisamos de parar agora estes bombardeamentos", defendeu.
Para João Gomes Cravinho, "pausa, cessar-fogo, trégua, pouco importa" o que se chame, "desde que o resultado seja a cessação de bombardeamentos que estão a provocar vítimas civis".
[Notícia atualizada às 23h57]
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