"O surto, julgo que está restrito. Já não há mais casos. O clima também está a ajudar. A Legionella tem de ter água, aerossóis. O tempo está mais quente e, portanto, as pessoas podem fazer a vida normal", afirmou Luís Delgado.
Em declarações à agência Lusa, o responsável adiantou que a investigação ambiental deverá estar "fechada" para apurar a origem da bactéria, depois de realizadas 12 colheitas que foram enviadas para o Instituto Ricardo Jorge, no Porto.
"Presumo que não será necessário fazer mais colheitas. Mas tudo depende da evolução. Neste momento, acho que está fechado. Estamos à espera dos resultados. A expectativa é muito boa. Este surto não evoluirá mais, felizmente", referiu.
O delegado de Saúde do Alto Minho acrescentou não haver "necessidade de uso de máscaras".
"É evidente que, em teoria, o uso de máscara facilita. Mas também não podemos alastrar essa prática", observou, referindo não haver "motivos para a população estar inquieta".
Segundo Luís Delgado, os seis doentes internados apresentam um quadro clínico estável. Uma das das infetadas recebeu alta na terça-feira.
"As pessoas que estão hospitalizadas estão muito estáveis. Em particular, a doente que está na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) melhorou", disse.
O primeiro doente infetado com Legionella foi notificado às autoridades de saúde na última sexta-feira e o sétimo na quarta-feira.
Em comunicado hoje enviado às redações, a Câmara de Caminha sublinhou que "o surto de Legionella no concelho regista, à data de hoje, uma evolução positiva, sem novos casos e sem fatalidades".
"Há três dias que não se registam novos casos no concelho. Dos já identificados, quatro são pessoas residentes em Vila Praia de Âncora, dois em Moledo e um em Vilarelho", refere a nota.
A autarquia adianta que "os sete infetados estão todos estáveis do ponto de vista da evolução da doença".
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