"Os especialistas vão analisar e sequenciar as amostras recolhidas nas localidades afetadas para determinar se têm relação", informa a Conselleria de Saúde da Xunta da Galicia, em Espanha, numa nota de imprensa enviada à Lusa
A instituição acrescenta que a equipa da Direção Geral de Saúde Pública se reuniu "com os homólogos em Portugal para trocar informações sobre os casos de Legionella galega e os detetados no Norte de Portugal, especificamente na cidade de Caminha".´
"Ainda não é possível concluir qual a fonte de exposição" à bactéria da Legionella, refere a Conselleria, recordando que "o contágio ocorre, geralmente, por meio de aerossóis".
Dez pessoas estão infetadas com Legionella nos municípios de A Guarda e O Rosal, na Galiza, Espanha, ao passo que em Caminha, situada do outro lado do rio Minho, foram identificados sete casos.
A Conselleria de Saúde refere que sete pessoas residentes naqueles municípios galegos permanecem hoje hospitalizadas devido à infeção por Legionella .
No total, foram identificados 10 infetados galegos.
Na segunda-feira, a Conselleria divulgou serem nove os pacientes, tendo surgido "um novo caso confirmado, cujos sintomas surgiram há pelo menos uma semana".
Foi iniciada uma investigação ambiental, com recolha de amostras de água das zonas onde residem as pessoas afetadas na Galiza, assim como do domicílio de cinco delas, mas os resultados "foram negativos".
A Guarda fica em frente ao concelho de Caminha, onde um surto de Legionella tornado público no dia 14 infetou sete pessoas.
Os dois municípios estão separados por cerca de seis quilómetros e pelo rio Minho.
Atualmente, está suspensa a ligação por 'ferryboat' entre os dois concelhos.
O primeiro doente de Caminha infetado com 'Legionella foi notificado às autoridades de saúde no dia 10 de novembro e o sétimo na quarta-feira, dia 15.
Quatro dos infetados residem em Vila Praia de Âncora, dois em Moledo e um em Vilarelho, naquele concelho.
O delegado de Saúde do Alto Minho, Luís Delgado, disse na sexta-feira à Lusa que o surto de Legionella estava "restrito", ao passo que 12 colheitas para apurar a origem da bactéria foram enviadas para o Instituto Ricardo Jorge, no Porto.
A Lusa questionou na segunda-feira a Administração Regional de Saúde do Norte sobre uma eventual investigação conjunta dos casos, mas não obteve resposta.
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