"Num momento que vivemos, que é um momento de crise política que todos conhecem é importante trazer essa mensagem de estabilidade de governação em Lisboa e que a cidade de Lisboa está aqui para receber investimento", disse à Lusa, em Brasília, depois da assinatura de acordo de geminação entre as capitais portuguesa e brasileira, acrescentando ainda que os "investidores odeiam instabilidade".
O autarca de Lisboa, que marcou presença na quarta-feira, em São Paulo, no jantar de comemoração dos 111 anos da Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil, frisou que a cidade de Lisboa "acolhe esse investimento desde que ele contribua para a cidade, que crie emprego e que seja positivo para a cidade".
"Nós precisamos sempre de mais investimento, porque é o investimento que trás emprego e é o emprego que cuida das pessoas", disse, afirmando que um dos objetivos da sua viagem ao Brasil passou também por "tentar captar esse investimento e agradecer aos brasileiros que vivem na cidade que são em número registado 22.000", a maior comunidade estrangeira em Lisboa.
O autarca, que procurou transmitir uma imagem de Lisboa tecnológica e de inovação recordou ainda que "20% da população de Lisboa nasceu noutro país e não tem nacionalidade portuguesa".
"Esse intercâmbio é muito importante nas cidades. São as cidades que têm essa diversidade que conseguem criar mais e inovar mais", afirmando, lembrando que uma das empresas na Fábrica de Unicórnios em Lisboa é brasileira e de São Paulo.
Trata-se do Quinto Andar, a maior imobiliária digital do Brasil.
"Continuar a atrair estas empresas para Lisboa é importantíssimo porque hoje no mundo o que temos é uma concorrência entre cidades", concluiu.
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