A associação civil independente reagiu, num comunicado enviado à agência Lusa, à libertação dos 24 reféns do Hamas, entre eles 13 cidadãos israelitas - que já se encontram em Israel - 10 tailandeses e um filipino.
"Nos últimos 50 dias, desde o ataque brutal pela organização terrorista Hamas contra civis israelitas, a Aliados, enquanto associação luso-israelita, tem estado empenhada em sensibilizar os portugueses em geral e os líderes portugueses em particular para a libertação dos 240 reféns - crianças, mulheres, homens, jovens e idosos", lê-se no documento.
"Por um lado, celebramos o regresso destes cidadãos inocentes e aguardamos com expectativa a libertação da totalidade das 50 crianças e mulheres israelitas nos próximos quatro dias, conforme estipulado no acordo. Por outro lado, enfatizamos a necessidade premente de continuar os esforços para garantir a libertação de todos os reféns", acrescentou.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, confirmou hoje a libertação, pelo grupo islamita Hamas, de uma refém com nacionalidade portuguesa.
Adina Moshe, 72 anos, é uma de 24 reféns libertados até agora, de acordo com as autoridades israelitas, no primeiro dia de trégua em Gaza.
"Efetivamente tínhamos a esperança, não queríamos falar muito do assunto. Tínhamos esperança e confirma-se que saiu", comentou o chefe da diplomacia portuguesa, que hoje realiza uma visita a Israel e Cisjordânia.
Para a Aliados, 180 civis inocentes vão, "infelizmente, permanecer nas mãos do grupo terrorista, que ceifou brutalmente as vidas de familiares e amigos" durante o ataque de 07 de outubro.
"Muitos dos reféns testemunharam o assassínio de mães, pais, irmãos, avós ou amigos e foram depois raptados. A situação é particularmente delicada, pois, mesmo com algumas famílias a reencontrarem-se, outras continuam separadas. Temos cenários em que mães e crianças voltam a casa, mas o pai fica refém, ou os avós ficam para trás, jovens que não voltam para os seus pais ou idosos a precisar de cuidados que continuam reféns", sustenta a associação.
A associação saúda a intervenção da Cruz Vermelha para atender às necessidades humanitárias dos reféns.
"É um aspeto crucial deste acordo, considerando as condições desumanas em que foram mantidos, sem acesso a tratamento médico ou medicamentos vitais e sem termos quaisquer informações sobre o seu estado", acrescenta a associação.
"Expressamos a nossa gratidão pelo ato de solidariedade do governo português, destacando a visita do Ministro dos Negócios Estrangeiros a Israel e à sede que representa as famílias dos reféns. Esperamos que esse gesto inspire mais líderes a se manifestarem e a exigirem a libertação de todos os reféns", refere a Aliados.
O grupo islamita do Hamas lançou em 7 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo mais de duas centenas de reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
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