O documento, aprovado numa reunião à porta fechada, com três votos favoráveis e duas abstenções, dos eleitos do PSD e do PCP, representa um aumento de 2,8 milhões de euros face ao deste ano.
Embora tenha salientado que pretende "sempre fazer mais", considerou o orçamento arrojado.
"É um orçamento arrojado, mas com os pés assentes no chão, bem programado, com projetos para todas as obras que queremos realizar", salientou o socialista António Dias Rocha.
O aumento do valor, segundo o presidente, está relacionado com as candidaturas aos programas comunitários de apoio Portugal 2030 e ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
A maior parcela do orçamento está destinada à construção do novo parque industrial e está também prevista a construção de um espaço de trabalho partilhado, com capacidade para 80 lugares, no edifício do antigo mercado, tal como intervenções para melhorar a eficiência energética nos edifícios municipais e escolas do concelho, o arranjo de estradas e melhorias nos museus.
"Tudo o que está previsto está programado e é com a certeza de poder executar rapidamente", vincou o presidente da Câmara de Belmonte, no distrito de Castelo Branco.
O vereador do PSD, José Mariano, disse ter-se abstido porque "esperava mais deste documento".
"Espero que possam aproveitar ao máximo os fundos comunitários que vêm aí em 2024. É esse o meu desejo", frisou o vereador social-democrata, para quem seria importante o orçamento contemplar a variante à vila, a requalificação da praia fluvial, o investimento nas ciclovias e a continuação dos melhoramentos "na rua principal de Belmonte".
O eleito do PCP, Carlos Afonso, reconheceu estarem previstos "investimentos fundamentais", que o próprio tem defendido, e que "vão permitir fazer alguma coisa de diferente no concelho", mas criticou ter sido "discutido à última hora" e ser "um projeto do executivo".
"Não poderia rejeitar este orçamento, porque satisfaz algumas necessidades fundamentais para o concelho de Belmonte", considerou o vereador comunista.
Apesar de encontrar "aspetos positivos", entende que "falta um grande investimento na rede viária e na resolução definitiva no problema da rede de água, com ruturas constantes, que é um drama que se vive no concelho de Belmonte, e não há investimento significativo nessas áreas".
"Queremos sempre fazer mais coisas, e esperamos que o futuro Governo nos possa ajudar a concretizar outro tipo de obras que não tivemos condições financeiras para realizar", apelou o presidente da autarquia, Dias Rocha.
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