O ministro da Educação, João Costa, explicou esta quarta-feira, o que queria dizer quando, em entrevista à Renascença, admitiu que vê um eventual futuro Governo liderado por Pedro Nuno Santos a fazer o que este Governo não fez na Educação, ou seja, repor integralmente o tempo de serviço dos professores.
A partir da escola EB 2,3 de Rio Tinto, onde se realiza mais um protesto dos professores, o governante negou que o primeiro-ministro demissionário tenha impedido a reposição integral do tempo de serviço dos professores, realçando que "sem a liderança de António Costa não tínhamos conseguido fazer todas estas medidas". Contudo, reiterou que "se pudermos ir mais longe, tanto melhor".
João Costa refutou qualquer polémica, uma vez que, segundo ele, fez as declarações em questão enquanto apoiante a Pedro Nuno Santos e não como ministro da Educação.
"É o candidato que eu apoio. Eu sou ministro da Educação mas não foi nessa condição que fiz essas declarações, foi na condição de militante do PS, de apoiante", realçou.
Questionado sobre o que é que mudou, uma vez que, até ao momento, o Governo sempre recusou a reposição integral do tempo de serviço dos professores, João Costa disse apenas que "não mudou nada".
"Eu sempre disse que se houver alguém - e nós entregamos o país com contas equilibradas - que consiga ir mais longe, se isto for possível no quadro de toda a administração pública, tanto melhor. Há um se e um tanto melhor. Até agora não houve condições financeiras para responder a tudo, mas houve condições financeiras para responder a problemas muito antigos", concluiu.
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