Portugal duplica para meio milhão de euros apoio à educação em Moçambique

O Governo de Portugal vai duplicar para 500 mil euros o habitual apoio anual ao setor da educação em Moçambique, anunciou hoje o embaixador português em Maputo.

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Lusa
08/12/2023 11:31 ‧ 08/12/2023 por Lusa

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Moçambique

"O Governo português decidiu efetuar uma contribuição extraordinária de 250 mil euros, totalizando assim um montante global de 500 mil euros para este ano", disse o embaixador António Costa Moura, após a assinatura do acordo que formaliza o reforço da ajuda ao Fundo de Apoio ao Setor da Educação (FASE) de Moçambique, com a ministra da Educação e Desenvolvimento Humano moçambicana, Carmelita Namashulua, na presença do secretário de Estado da Educação de Portugal, António Leite.

O incremento da verba visa reforçar o compromisso e a previsibilidade da ajuda financeira ao setor da educação, acrescentou.

Em Moçambique, prosseguiu, o setor da educação tem sido duramente afetado por desastres naturais e pelo conflito armado na província de Cabo Delgado, norte do país.

"A educação, formação e capacitação vocacional são assumidas como mais-valias da cooperação portuguesa", realçou António Costa Moura.

A aposta deve incidir sobre o desenvolvimento do capital humano e social, para a redução da pobreza e alcance de um desenvolvimento sustentável com efeitos multiplicadores noutros domínios, acrescentou.

"A educação é, de facto, a nossa prioridade e isso ficou claramente refletido no anterior Programa Estratégico de Cooperação, onde a educação, formação em cultura e ciência absorveram cerca de 44% do envelope financeiro total da cooperação portuguesa", destacou António Costa Moura.

Moura avançou que entre 2008 e 2022, Portugal desembolsou 3.790.000 euros para o FASE, contribuindo com um montante anual de 250 mil euros, após ter aderido a este mecanismo em 2007.

Por seu turno, a ministra da Educação e Desenvolvimento Humano de Moçambique salientou que "o reforço da contribuição de Portugal ao FASE constitui um compromisso prioritário da intervenção portuguesa no sistema educativo moçambicano".

Carmelita Namashulua assinalou que as necessidades do setor da educação em Moçambique têm-se "avolumado", devido à destruição de infraestruturas pelo "terrorismo no norte" e "eventos extremos" noutras partes do país.

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