Linhas Aéreas de Moçambique regressam à Europa. 1.º voo sai de Lisboa

Um Boeing 777 com cerca de 200 passageiros sai hoje do Aeroporto Internacional de Lisboa para Maputo, o primeiro voo na operação de regresso das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) ao espaço aéreo europeu.

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Lusa
12/12/2023 13:07 ‧ 12/12/2023 por Lusa

País

Moçambique

O Boeing 777 de 302 lugares, resultante de uma parceria com a operadora portuguesa EuroAtlantic, vai ligar as duas capitais três vezes por semana, com preços promocionais a partir de 25 mil meticais (368 euros) na classe económica.

"Esta rota está aqui para ficar. Não queremos vender bilhetes de avião, queremos vender experiências e experiências moçambicanas", declarou o diretor-geral das LAM, João Carlos Pó Jorge, durante a cerimónia de lançamento do primeiro voo no Aeroporto Internacional de Lisboa.

A companhia de bandeira moçambicana, que está sob restruturação, também tem os olhos em outros mercados.

"Estamos a pensar noutras rotas, como é caso do Brasil, Emirados Árabes e provavelmente no continente indiano", acrescentou João Carlos Pó Jorge.

O primeiro voo da LAM sai de Lisboa às 16:35.

A adoção de preços promocionais na primeira fase da operação, anunciada em outubro, fez com que a companhia vendesse, até agora, cerca de 12 mil bilhetes para viagens entre Maputo e Lisboa, passagens que cobrem o período entre 12 de dezembro e outubro de 2024.

A rota Maputo-Lisboa, abandonada pela companhia há quase 12 anos, faz parte do plano de revitalização da operadora, depois de a empresa sul-africana Fly Modern Ark (FMA) ter entrado na gestão da LAM em abril deste ano para o processo de restruturação.

Quatro meses após a implementação de um conjunto de intervenções, segundo a própria companhia, a transportadora foi estabilizada e reposicionada.

Além da rota Maputo-Lisboa, a companhia de bandeira moçambicana tem em carteira novas rotas que ligam Maputo a diferentes pontos da África do Sul, com destaque para a Cidade do Cabo, que também começou hoje.

A estratégia em curso, de revitalização da empresa, segue-se a anos de problemas operacionais relacionados com uma frota reduzida e falta de investimentos, com registo de alguns incidentes, não fatais, associados por especialistas à ineficiente manutenção das aeronaves.

Leia Também: Moçambique exige 221,2 milhões de mais-valias da multinacional Rio Tinto

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