A abertura dos trabalhos será assegurada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, que irá fazer "o balanço de um ano marcado por desafios internacionais constantes", segundo uma nota do Palácio das Necessidades.
Ainda na sessão de abertura, intervirá o alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, numa altura em que os 27 são confrontados com "múltiplas questões de natureza estrutural para o futuro da União, nos planos interno e externo, como o alargamento a leste, bem como questões que exigem respostas urgentes e emergentes, destacando-se, no panorama internacional, as guerras na Ucrânia e no Médio Oriente", refere a mesma nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).
O Seminário Diplomático, organizado anualmente pelo MNE, é uma oportunidade para a partilha de experiências, tendo em conta as realidades nos vários postos da rede diplomática nacional.
Este evento juntará o corpo diplomático português com outras entidades, nomeadamente membros do Governo, quadros da Administração Pública, da AICEP, do Camões -- Instituto da Cooperação e da Língua, de empresas ou de universidades.
O segundo dia de trabalhos do seminário - que decorrerá na Fundação Oriente, em Lisboa -- dará destaque às relações entre a Europa e a Ásia, onde o ministro dos Negócios Estrangeiros de Singapura, Vivian Balakrishnan, debaterá as relações comerciais entre a UE e a comunidade de países do sudeste asiático (ASEAN, na sigla em inglês), bem como o papel que Portugal poderá desempenhar como ponte entre os dois continentes.
Esta edição do Seminário Diplomático discutirá ainda questões como a geoestratégia da União Europeia, diplomacia, economia e negócios ou a transformação da política de apoio consular, constando igualmente do programa painéis de debate regionais e a atribuição do Prémio Francisco de Melo Torres ao diplomata económico do ano.
O corpo diplomático fará também a tradicional apresentação de cumprimentos ao Presidente da República, ao presidente da Assembleia da República e ao primeiro-ministro.
Leia Também: Borrell e Sefcovic destacam vantagens do Espaço Económico Europeu