Crise na Global Media leva a protesto junto ao Parlamento. As imagens

Os trabalhadores do Global Media Group (GMG) estão hoje em greve para mostrar repúdio pela intenção de despedir até 200 profissionais e pela defesa do jornalismo.

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© PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
10/01/2024 13:46 ‧ 10/01/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

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Global Media

Os trabalhadores da Global Media estão em greve esta quarta-feira, dia 10. Estão em São Bento, onde têm uma reunião marcada com o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, e exigem o pagamento do salário de dezembro e do subsídio de Natal, ambos em atraso. 

O protesto, convocado pelo Sindicato dos Jornalistas (SJ), pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (SITE-Norte) e pelo Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT), abrangendo todos os trabalhadores, independentemente da função.

Os trabalhadores da Global Media Group - que inclui, entre outros, os jornais Jornal de Notícias, Diário de Notícias, O Jogo e a rádio TSF - estão junto à Assembleia da República.

A imagens podem ser vistas na galeria. 

Note-se que em 6 de dezembro, em comunicado interno, a Comissão Executiva do GMG, liderada por José Paulo Fafe, anunciou que iria negociar com caráter de urgência rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação que disse ser necessária para evitar "a mais do que previsível falência do grupo".

Os trabalhadores não receberam o salário de dezembro, nem o subsídio de Natal que, segundo a administração, será pago em duodécimos durante este ano, o que viola a lei.

O grupo anunciou também o fim das prestações de serviços a partir de janeiro, num aviso com poucas horas de antecedência.

"Enquanto a 'comissão executora' contrata dezenas de consultores, assessores e diretores, com vencimentos bem superiores à média no grupo, aumentando os custos da empresa em mais de dois milhões de euros", apontaram os sindicatos, "dizem que a empresa não sobrevive se não despedirem aqueles que o CEO [presidente executivo] não entende 'como conseguem viver com 800 euros por mês'".

Para os trabalhadores, a postura da administração representa o "total desrespeito pelas pessoas que há anos mantêm vivas as várias empresas do grupo, com salários do século passado".

Desta forma, no Porto, os trabalhadores concentram-se a partir das 09h30, junto à atual sede do Jornal de Notícias, e, a partir das 14h00, junto à histórica e simbólica sede do JN, coincidindo este momento com uma hora de solidariedade proposta pelo SJ a todos os jornalistas do país, para "demonstrar a importância do jornalismo na sociedade".

De seguida, os trabalhadores seguem para a praça General Humberto Delgado, onde se vão concentrar em frente ao edifício da Câmara Municipal do Porto.

Já em Lisboa, os trabalhadores concentram-se a partir das 09h00 na escadaria da Assembleia da República, enquanto o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, com a tutela da Comunicação Social, prestava esclarecimentos na Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto.

Após a saída do ministro, jornalistas, técnicos e demais trabalhadores deslocam-se para as Torres de Lisboa para se concentrarem e manifestarem, a partir das 14h00, junto à sede do GMG.

Leia Também: Compra da Lusa para 'aliviar' GMG? Grupo apresentou contraposta

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