"O Presidente da República recebeu em audiência, no Palácio de Belém, uma delegação do partido Nova Direita, a seu pedido, para apresentação de cumprimentos", lê-se na nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, acompanhada por fotografias.
Estiveram presentes nesta audiência, que não foi previamente divulgada à comunicação social, Ossanda Liber, presidente do partido Nova Direita, e Paulo Freitas do Amaral e Maria Antunes, da Comissão Instaladora.
Na conferência de imprensa de apresentação deste partido, na quarta-feira, em Lisboa, Ossanda Liber afirmou que esta nova força política quer ser "o ponto de equilíbrio" entre PSD e Chega e irá apresentar candidatos a todos os círculos eleitorais nas legislativas antecipadas de 10 de março.
A fundadora e presidente do Nova Direita, legalizado pelo Tribunal Constitucional na semana passada, considerou que a "direita, como está, inspira pouca confiança", qualificando o PSD como um partido "completamente desorientado" e o Chega como "uma verdadeira força bruta, mas que depois, em boa verdade, é um vazio de conteúdos e ideias".
"Nós seremos o fiel da balança, o ponto de equilíbrio entre estas duas forças aparentemente incapazes de se entender", acrescentou.
O partido Nova Direita defende uma "imigração controlada e seletiva", um sistema de saúde de cobertura universal que permita a escolha entre hospitais públicos, privados e do setor social, a revogação da lei da eutanásia, o aumento da licença de maternidade para dois anos e a diminuição progressiva do IRC, entre outras propostas.
Ossanda Liber, de 46 anos, foi vice-presidente do partido Aliança e concorreu como independente à Câmara Municipal de Lisboa nas autárquicas de 2021.
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