Um segundo caso de sarampo foi detetado na região de Lisboa, na quinta-feira, dia 18 de janeiro. Trata-se de uma criança de 7 anos, não residente em Portugal e não vacinada, que terá mantido "contacto próximo, durante o período de transmissibilidade, com o caso importado confirmado a 11 de janeiro de 2024", anunciou a Direção-Geral da Saúde (DGS), esta sexta-feira.
"A criança está clinicamente bem, e já se encontrava em quarentena após a confirmação do primeiro caso, mantendo-se em isolamento domiciliário até ao final do período de transmissibilidade", salientou a entidade, em comunicado.
Este caso, que é "considerado secundário", foi confirmado laboratorialmente pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
Tendo em conta a notificação das duas infeções, assim como "o contexto internacional de surtos ativos de sarampo na Europa" e "a sensibilização dos serviços de Saúde para a deteção precoce da doença", a DGS realçou ser "expectável o aparecimento de casos suspeitos nos próximos dias".
"A DGS e a rede de Autoridades de Saúde, em colaboração com o INSA e com os profissionais de Saúde, estão a acompanhar a evolução da situação de acordo com o previsto no Programa Nacional da Eliminação do Sarampo, comunicando oportunamente os casos que vierem a ser confirmados", sublinhou também.
Desta feita, o organismo salientou a importância da vacinação contra o sarampo, tendo apelado a que, caso tenha dito contacto com um caso suspeito da doença ou apresente sintomas, contacte a Linha SNS 24, através do número 808 24 24 24.
Recorde-se que um bebé de 20 meses, também não residente em Portugal e não vacinado, foi diagnosticado com sarampo, no dia 11 de janeiro. O menor, que estava "clinicamente estável", foi internado, tendo a DGS previsto "alta para os próximos dias".
O sarampo é um vírus transmitido por contacto direto através de gotículas infeciosas ou por propagação no ar, quando a pessoa infetada tosse ou espirra. Os sintomas surgem geralmente entre 10 a 12 dias após a pessoa ser infetada e podem começar com febre, erupção cutânea, tosse, conjuntivite e corrimento nasal.
[Notícia atualizada às 18h14]
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