Companhia Maior estreia 'Agora Nascíamos Outra Vez' em Lisboa
O espetáculo "Agora Nascíamos Outra Vez", da Companhia Maior, coloca em cena um futuro em que jovens de hoje serão avós num mundo de violência e desigualdade, estreia-se no sábado, em Lisboa, e parte em digressão para Viseu e Loulé.
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Cultura Dança
Esta ficção coreográfica de Aldara Bizarro com textos de Patrícia Portela vai estrear-se na Fundação Calouste Gulbenkian, no âmbito da programação de três dias da iniciativa Partis & Art for Change, a decorrer durante o próximo fim de semana, e terá apresentações a 07 e 08 de março no Teatro Viriato, em Viseu, e em outubro no Cineteatro Louletano, em Loulé, segundo a organização.
Com intérpretes entre os 60 e os 90 anos de idade, em palco, Aldara Bizarro criou uma visão distópica do futuro da humanidade dentro de algumas décadas, "num mundo fragmentado em individualismo, com ameaças concretas à sua continuidade e sustentabilidade" devido às alterações climáticas e aos conflitos bélicos, mas onde "as artes devem assumir o seu potencial reparador e participativo", sublinha, num texto sobre o novo espectáculo.
Com música de Noiserv, paisagem cénica de Fernando Brízio e iluminação desenhada por Daniel Worm, o espectáculo será apresentado em Lisboa inserido na programação de três dias da iniciativa conjunta entre a Fundação Calouste Gulbenkian e a BPI - Fundação la Caixa Partis & Art for Change, lançada em 2020.
A interpretação é de Angelina Mateus, Carlos Fernandes, Catarina Rico, Cristina Gonçalves, Edmundo Sardinha, Elisa Worm, Isabel Simões, João Silvestre, Júlia Guerra, Kimberley Ribeiro, Maria Emilia Castanheira, Maria Helena Falé, Michel e Paula Bárcia.
Foi com este elenco que a coreógrafa Aldara Bizarro trabalhou questões atuais relacionadas com o contexto da crise climática, a desigualdade e as guerras: "Como imagina o futuro dos 'netos'? Que imagens e sensações ou ideias podem ter as pessoas entre os 60 e os 90 anos sobre a humanidade neste planeta dentro de algumas décadas?"
Projeto de criação no âmbito das artes performativas contemporâneas desenvolvido com artistas seniores, vindos de diversos quadrantes da atividade artística e cultural, a Companhia Maior foi criada em 2010 por iniciativa de Luísa Taveira para promover a criatividade na "idade maior", trabalhando com várias gerações de criadores de forma interdisciplinar.
Desde 2021 está sob a direção de Paula Varanda, e tem interpretado obras originais criadas para a companhia por coreógrafos, dramaturgos e encenadores como Tiago Rodrigues, Clara Andermatt, Mónica Calle, Tim Etchells, Jorge Andrade, Pedro Penim, Joana Craveiro, Sofia Dias & Vítor Roriz, entre outros.
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