Na segunda-feira à noite, a Comissão Política da Federação de Coimbra do PS aprovou a lista de candidatos a deputados em que Daniel Adrião estava em quinto lugar, atrás da cabeça de lista, a ministra Ana Abrunhosa, do ex-líder federativo Pedro Coimbra, de Ricardo Lino (Coimbra) e de Raquel Ferreira (Figueira da Foz).
Nessa altura, fonte da direção do PS referiu à agência Lusa que a presença de Daniel Adrião entre os lugares potencialmente elegíveis nas eleições legislativas de 10 de março era "um sinal de unidade", depois da recente disputa interna entre Pedro Nuno Santos, José Luís Carneiro e Daniel Adrião para a sucessão de António Costa no cargo de secretário-geral.
Hoje, ao fim da tarde, de acordo com fontes socialistas, durante o Secretariado Nacional do PS, que antecedeu a reunião da Comissão Política, que ainda decorre, o nome de Daniel Adrião foi contestado por membros da direção liderada por Pedro Nuno Santos.
Fonte da direção do PS disse à agência Lusa que foi proposto em alternativa a Daniel Adrião o sexto lugar em Coimbra, mas este dirigente socialista recusou.
Numa declaração enviada à agência Lusa, Daniel Adrião refere que aceitou o convite do secretário-geral do PS "para ocupar o quinto lugar da lista de Coimbra, como posição limite, de boa-fé e por espírito de compromisso, em nome da unidade do partido".
"A lista tinha sido aprovada [segunda-feira] em reunião da Comissão Política Distrital de Coimbra, com o meu nome em quinto lugar. Sou hoje surpreendentemente confrontado à hora da reunião da Comissão Política com a decisão de que o Secretariado Nacional decidira colocar outra pessoa nesse lugar. Os factos falam por si próprios", escreveu.
Daniel Adrião obteve um por cento dos votos nas recentes eleições diretas para o cargo de secretário-geral do PS. Em 2016, 2018 e 2021 candidatou-se também à liderança deste partido contra António Costa.
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