Os Bombeiros Sapadores de Braga destruíram, em 2023, 1.156 ninhos de vespa asiática (velutina), o maior registo alguma vez alcançado na região neste tipo de procedimentos, revelou a autarquia num comunicado partilhado no seu site.
De acordo com a Câmara Municipal de Braga (CM de Braga), nas várias intervenções estiveram envolvidos 2.312 operacionais e 1.312 veículos, num total de 20.992 km percorridos.
"Os números reforçam a preocupação e zelo da autarquia bracarense em encetar todos os esforços para debelar e extinguir esta praga de ninhos em espaço público ou privado", realça a autarquia na mesma nota, acrescentando que este trabalho de "irradicação da vespa asiática" é feito através de um "grande investimento do município em formação das equipas que atuam no terreno", assim como em material que foi adquirido para a "metodologia de eliminação mais eficaz".
Apesar do transtorno que esta espécie traz, a população deve "manter a tranquilidade, atenção e cuidado", sublinha o vereador da Proteção Civil de Braga, Altino Bessa, lembrando que "os ninhos devem ser destruídos somente por técnicos preparados para o efeito".
"Sempre que se verifique a existência de ninhos, os cidadãos devem acionar de imediato os Bombeiros Sapadores que, à imagem do que tem acontecido, darão a resposta mais célere possível. De acordo com o que referem os especialistas na área, acabar com vespa asiática em Portugal vai ser impossível. Por isso, o importante é detectar e destruir os ninhos. E é este trabalho que temos feito com bastante sucesso, como se pode verificar pelo número apresentado", conclui o vereador.
Em 2023, verificou-se uma proliferação da presença da vespa velutina em Braga. Esta assume-se já como uma praga, sendo os seus efeitos mais visíveis na destruição da abelha melífera autóctone e, em consequência, a diminuição do papel polinizador e de produção de mel desta espécie.
Para além dos prejuízos apontados, a CM de Braga recorda ainda o risco que representam quando se sentem ameaçadas. Esse risco prende-se com o ataque à população. "A sua picada é mais dolorosa do que a das abelhas e vespas autóctones. No entanto, pode afirmar-se que esta representa mais uma situação de ameaça à biodiversidade do que propriamente à saúde pública e/ou de risco mais acrescido para a atividade humana. A vespa velutina é mais agressiva quando se sente ameaçada e não representa um perigo maior do que as espécies autóctones", lê-se na mesma nota.
Para comunicar a detecção ou suspeita da existência de ninho de vespa velutina em Braga a autarquia disponibilizou o email vespa.velutina@cm-braga.pt
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