JMJ revitalizou Pastoral Juvenil nas dioceses portuguesas

O cardeal Américo Aguiar desataca a importância da Jornada Mundial da Juventude realizada em Lisboa, em agosto de 2023, para a revitalização das estruturas da Pastoral Juvenil nas dioceses portuguesas.

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© REUTERS/Guglielmo Mangiapane

Lusa
02/02/2024 09:14 ‧ 02/02/2024 por Lusa

País

Américo Aguiar

 

O ainda presidente da Fundação Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, em entrevista à agência Lusa, assegura que "a preparação da jornada, a vivência da jornada, (...) ajudou a revolucionar muito as estruturas locais, diocesanas, da Pastoral Juvenil".

"Acho que agora, todas as dioceses têm estrutura e têm jovens e têm sonhos que não tinham antes da jornada", sublinha.

Comentando a aposta das diversas dioceses no aproveitamento da experiência da JMJLisboa2023, Américo Aguiar diz que essa aposta "é mesmo real, porque parte dos jovens".

"Nós temos a experiência efetiva, real em cada diocese. Eu tenho acompanhado ainda um bocadinho. Os jovens que participaram, que organizaram, que se mobilizaram, que se disponibilizaram, exigem continuar, querem continuar e as dioceses, quanto mais não seja, têm de ir a reboque, têm de ir atrás dos jovens e há planos...", acrescenta o principal rosto da organização do encontro mundial de jovens com o Papa, que trouxe a Portugal centenas de milhares de peregrinos de todo o mundo.

Quanto ao trabalho da estrutura que organizou a JMJLisboa2023, "está na fase final".

"A Deloitte já está a trabalhar naquilo que é a auditoria das contas e por isso, quanto a contas, temos de esperar o fecho e a auditoria, porque, se não, cria ruído e, mesmo para a auditora, não é muito simpático", afirma Américo Aguiar, sublinhando que os 20 milhões de euros que têm sido apontados como resultado positivo "estão garantidos".

O bispo de Setúbal, por outro lado, diz que "nunca é demais a gratidão a Portugal, aos portugueses, a todos. A Jornada Mundial da Juventude correu bem, porque os portugueses se entregaram e se dedicaram. Os polícias, os professores, os médicos, os enfermeiros, os homens da higiene urbana, a Câmara de Lisboa, a Câmara de Loures, Oeiras, Cascais, o Governo de Portugal, os ministérios, Portugal inteiro, a peregrinação dos símbolos, as dioceses, os empresários, as famílias, toda a gente se entregou, toda a gente se dedicou e, por isso, o resultado foi totalmente positivo, ultrapassou as expectativas".

"O número de inscritos ultrapassou 400.000, ultrapassou a nossa expectativa. Inscritos e participantes não é a mesma coisa. Inscritos são aquelas pessoas que pagaram para participar, partilharam para participar, e isso significa também uma mais-valia", sublinha o cardeal Américo Aguiar.

O cardeal acrescentou que entregou mais relatórios em Roma "e Roma continua a dizer e a fazer a avaliação [positiva] que fez [anteriormente] e, também, a agradecer muito esta transparência, esta partilha, de maneira a que as futuras jornadas também possam beber daquilo que foi a experiência portuguesa e continuar a fazer cada vez melhor, que é o objetivo".

Já sobre a possibilidade de a Fundação Jornada Mundial da Juventude continuar a existir, o ainda presidente diz saber que o patriarca de Lisboa, Rui Valério, a quem cabe a decisão, "tem esse desejo".

"Acho que faz todo o sentido que o Patriarcado de Lisboa possa potenciar aquilo foi a experiência acumulada da Jornada", afirma.

Leia Também: Contas da JMJ apresentadas até final de março com lucro esperado

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