Pretoriano. Conteúdos em telemóveis apreendidos suspendem interrogatórios

Fernando Madureira e Vítor Catão já não vão ser ouvidos este sábado à tarde.

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Notícias ao Minuto
03/02/2024 14:25 ‧ 03/02/2024 por Notícias ao Minuto

País

Operação Pretoriano

Fernando Madureira e Vítor Catão já não vão ser ouvidos este sábado à tarde no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, no âmbito da Operação Pretoriano.

Isto porque o juiz de instrução criminal Pedro Miguel Vieira, segundo a RTP,  revelou que durante as buscas que decorreram na quarta-feira foram apreendidos telemóveis e no conteúdo desses equipamentos foram encontrados alguns indícios de prova que necessitam de análise por parte do Ministério Público (MP).

Cabe agora ao MP decidir, após análise, se estes novos elementos têm matéria relevante para serem adicionados ao processo. Até lá, os arguidos não serão ouvidos.

Por sua vez, a CNN Portugal avançou ainda que poderá ser necessário ouvir novamente os detidos que já tinham sido presentes a juiz.

Os novos dados foram transmitidos inicialmente aos advogados dos 12 arguidos da Operação Pretoriano, que foram chamados de urgência este sábado ao TIC do Porto e, de seguida, aos jornalistas.

De recordar que, na sexta-feira, foram ouvidos no TIC António Moreira de Sá, que terminou o depoimento iniciado na véspera, José Pereira, Vítor Aleixo e os dois funcionários do emblema 'azul e branco' implicados na Operação Pretoriano, casos de Tiago Aguiar e de Fernando Saul.

Sandra Madureira, mulher de Fernando Madureira e vice-presidente dos Super Dragões, permanecerá durante o dia em Santo Tirso, já que não pretende prestar declarações no primeiro interrogatório judicial no TIC, que visará a determinação de medidas de coação.

Na quarta-feira, a PSP deteve 12 pessoas - incluindo dois funcionários do FC Porto e o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira -, no âmbito da Operação Pretoriano, que investiga os incidentes verificados numa Assembleia Geral (AG) extraordinária do clube.

De acordo com documentos judiciais, aos quais a agência Lusa teve acesso, o Ministério Público sustenta que a claque Super Dragões pretendeu "criar um clima de intimidação e medo" na AG do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, na qual houve incidentes, para que fosse aprovada a revisão estatutária, "do interesse da atual direção" 'azul e branca'.

A Procuradoria-Geral Distrital do Porto divulgou que estão em causa "crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda atentado à liberdade de informação".

[Notícia atualizada às 14h35]

Leia Também: Operação Pretoriano. Fernando Madureira e Vítor Catão ouvidos de tarde

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