Miguel Cruz Silvestre entregou hoje as cartas credenciais ao Presidente da da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló. Questionado pelos jornalistas sobre a dificuldade e demora na obtenção de vistos para Portugal, alertou para algumas situações que complicam o processo.
Uma delas é a "tendência para açambarcamento dos agendamentos dos serviços que dão acesso aos vistos" por alegadas redes que cobram depois a quem precisa de uma vaga para pedir o documento.
"Queria pedir aos guineenses que evitem esquemas e sigam os canais próprios. Nós estamos empenhados em criar mecanismos que permitam um acesso inclusivo e equitativo de todos aqueles que solicitam", apelou o embaixador.
Miguel Cruz Silvestre adiantou que o número de vistos emitidos em Bissau tem crescido "na ordem dos 50% cada ano". E concretizou que em 2021 foram emitidos cerca de 6.000 vistos, em 2022 mais de nove mil e em 2023 quase 14 mil.
O embaixador referiu que os serviços têm limitações relacionadas com procedimentos que é necessário observar e com os recursos humanos existentes, pelo que insistiu no pedido de "apoio de todos para não recorrerem a esquemas" e para seguirem "os canais próprios", por ser "a maneira de poder controlar e tornar os processos mais ágeis e mais expeditos".
O diplomata disse ainda que Portugal "está plenamente empenhado" na concretização do acordo sobre a mobilidade no seio da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) e lembrou que foi dos primeiros países que adaptou a estrutura legislativa e regulamentar para poder acolher esta nova realidade.
"Esse esforço que foi feito foi repercutido também através das secções consulares e dos consulados gerais de Portugal no mundo. Aqui na Guiné-Bissau temos feito também esse esforço", afirmou.
Miguel Cruz Silvestre disse ainda que "a embaixada está disponível para encontrar soluções positivas para os problemas existentes".
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