"Assistimos a desordem pública". "Perdedor" do debate entre PS e AD? PSP
Miguel Sousa Tavares mostrou-se critico do protesto que cercou, esta segunda-feira, o Capitólio.
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País Sousa Tavares
Miguel Sousa Tavares considerou, esta segunda-feira, que "o perdedor" do debate entre o secretário-geral do Partido Socialista (PS) e o presidente do Partido Social Democrata (PSD), em representação da Aliança Democrática (AD), foi a Polícia de Segurança Pública (PSP), numa referência à concentração de polícias junto ao Capitólio, em Lisboa, onde decorria o frente a frente.
"O perdedor foi a Polícia de Segurança Pública, porque aquilo a que assistimos foi uma desordem pública, patrocinada por forças da ordem, crime de desobediência, sem dúvida, e indícios de crime de sequestro, mesmo", afirmou o comentador, em declarações na CNN Portugal, após ser interrogado sobre quem havia sido o vencedor deste debate eleitoral.
Sobre esta questão, entende que Pedro Nuno Santos esteve melhor ao ser confrontado com o que estava a acontecer.
"Nesse aspeto, Pedro Nuno Santos começou logo a ganhar, porque foi o único que foi firme, disse que estava em causa também o estado de direito e que isso não era admissível", notou, admitindo, contudo, que o debate terminou com um "empate".
De notar que os polícias dirigiram-se para o Capitólio após uma concentração que juntou cerca de 3.000 elementos da PSP e da GNR na Praça do Comércio, junto ao Ministério da Administração Interna (MAI).
Ao contrário da manifestação na Praça do Comércio, organizada pela plataforma que congrega os sindicatos da PSP e associações da GNR, o protesto junto ao Capitólio foi marcado nas redes sociais pelo 'movimento inop' e não tem a participação da plataforma sindical. À Lusa, fonte da Direção Nacional da PSP disse que ia ser comunicada ao Ministério Público a marcha e a concentração de polícias junto ao Capitólio, uma vez que o protesto não estava autorizado.
Vestidos de camisolas pretas e empunhando bandeiras de Portugal, os elementos da PSP e da GNR assobiavam, batiam palmas e gritavam "polícias unidos jamais serão vencidos", "vergonha", "respeito" e "Portugal", além de cantarem o hino nacional.
À passagem dos carros com Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos no final do debate eleitoral que decorreu no Capitólio, os cerca de cem polícias ainda concentrados gritaram "polícia unida jamais será vencida" e bateram uma salva de palmas.
Recorde-se que os elementos da PSP e da GNR estão em protesto há mais de um mês para exigir um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária.
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