Voto no BE "assusta especuladores" porque acaba com economia de favores

A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, considerou hoje que o voto nos bloquistas "assusta especuladores e aventureiros" porque acaba com a economia de favores, recusando repetir "os mesmos erros do PS" sobre política de investimento.

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Lusa
04/03/2024 22:58 ‧ 04/03/2024 por Lusa

Política

Mariana Mortágua

Num comício em Setúbal que fecha o dia que o partido dedicou inteiramente ao distrito, Mariana Mortágua teceu duras críticas aos projetos PIN e defendeu que o regime de exceções que estes permitem "tem mesmo de acabar".

"Está aqui neste partido quem não hesita, não treme, não vacila em falar dos interesses mais poderosos, a começar pelos interesses do imobiliário e da especulação, quem não desiste de expor o seu apoio e financiamento aos partidos que lhes querem fazer favores", disse.

O objetivo da líder do BE é que "ninguém se engane nestas eleições sobre quem está ao lado" dos trabalhadores, da economia e do ambiente e quem, por outro lado, "só quer fazer favores aos grandes interesses especulativos e imobiliários".

"Disse sempre o nome das coisas e vou, vamos continuar a fazê-lo. O voto no Bloco assusta especuladores e aventureiros porque é mesmo para acabar com a economia de favores", assegurou.

Defendendo "uma política de investimento que promove a vida das populações e que dá a todos o que é de todos", Mortágua deixou uma pergunta, para prontamente apresentar a resposta.

"Alguém esperaria que a esquerda fizesse diferente disto, que repetisse os mesmos erros do PS? Não, isso vai acabar. É o voto de domingo que vai fazer essa escolha", disse.

Com uma recusa de qualquer "palavra em vão", a coordenadora bloquista fez uma espécie de síntese pelos motivos que considera que justificam um voto no BE no domingo, entre os quais para "uma maioria que corrija o desastre da maioria absoluta" e para "vencer a direita e a extrema-direita".

"Uma viragem que afaste os continuadores de Cavaco, Barroso e Passos, o PSD", acrescentou, mantendo nos quatro dias de campanha que faltam o foco nos três eixos desta campanha que são habitação, salários e saúde.

Leia Também: De "desvirtuar resultados" a "piada de mau gosto". Chega lança polémica

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