Em comunicado, a Ordem dos Médicos (OM) refere vai apresentar queixa ao Ministério da Saúde, Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, Direção-Geral do Ensino Superior, Entidade Reguladora da Saúde, na sequência de casos denunciados.
Estão em causa entidades na área da saúde e da formação onde, segundo a OM, exames clínicos são realizados por pessoal não médico e não supervisionado, ou onde o mesmo acontece com formação médica, sobretudo nas áreas da medicina estética e radiologia. As situações ocorrem, por exemplo, na realização de ecografias médicas de diagnóstico ou de técnicas invasivas ecoguiadas, ou seja, injeções de medicamentos nas zonas de dor ou inflamação.
"A falta de médicos especialistas, nomeadamente na área da Radiologia, não se resolve através da usurpação de competências aos médicos, mas sim com a criação de melhores condições de trabalho e garantindo a segurança dos doentes", afirma o bastonário, Carlos Cortes, citado no comunicado.
A Ordem sublinha ainda que estes casos colocam em risco os doentes, alertando para a possibilidade de diagnósticos incorretos, exames e tratamentos desnecessários ou complicações potencialmente graves, como reações alérgicas.
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