As provas finais do 9.º ano realizam-se este ano letivo, "excecionalmente", em formato papel "para garantir equidade a todos os alunos", anunciou o ministério da Educação, esta quinta-feira, num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto.
Já as provas de aferição continuam a ser realizadas em formato digital.
O anúncio foi feito também pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, durante o debate do programa do XXIV Governo Constitucional, na Assembleia da República (AR).
De acordo com a nota do Governo, a decisão foi tomada após um encontro, na segunda-feira, com o Conselho das Escolas, a Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) e a Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE).
"Nessas reuniões, a equipa governativa do MECI foi informada da posição dos diretores escolares sobre a grave falta de garantias de equidade para os alunos, sendo esta particularmente preocupante para a realização das provas finais do 9.º ano, que têm efeitos na avaliação final", lê-se no comunicado.
O ministério da Educação consultou ainda, sobre o mesmo assunto, o MECI, nomeadamente Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), Júri Nacional de Exames (JNE), Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) e Editorial do Ministério da Educação e Ciência (EMEC) e concluiu que existem "graves falhas na disponibilização de equipamentos informáticos, na sua manutenção e na conectividade das escolas".
Desta forma, segundo o Governo, não seria possível "garantir que todos os alunos" poderiam realizar as avaliações "em igualdade de oportunidades neste ano letivo".
De acordo com a DGEstE, 13.639 alunos do 9.º ano não receberam o 'Kit digital' (portátil, pen de dados e acessórios).
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