O corpo de um homem, de 80 anos, ficou dois dias na sala de autópsias do hospital de Portimão, por não haver espaço na câmara frigorífica.
Segundo avança a SIC Notícias, o homem, que lutava contra uma doença terminal, morreu na sexta-feira. O Notícias ao Minuto já tentou confirmar a situação junto do Hospital de Portimão, não tendo ainda recebido resposta.
"A agência funerária disse que ia tratar das coisas, mas que não iria buscar o meu pai porque a morgue estava fechada. Só iam buscar o meu pai na segunda-feira. E foi o que aconteceu", explicou a filha da vítima, Ana Paula Sousa.
Estava irreconhecível
O homem terá passado então dois dias fora do local apropriado para estes casos, numa sala apenas com o ar condicionado ligado. Foi na segunda-feira, quando por volta das 17 horas, a agência funerária foi buscar o corpo que a família percebeu o que se tinha passado, já que o corpo estava em avançado estado de decomposição. "Estava irreconhecível", explicou à emissora a familiar, acrescentando que "nem o abraçaram, nem beijaram, nem nada".
No dia seguinte ao funeral, a família terá contactado o hospital por forma a perceber o que se tinha passado. "A resposta foi que não havia espaço. E o corpo do meu pai degradou-se mais depressa devido à doença dele", afirmou a filha.
A família diz que não vai apresentar queixa às autoridades, mas acabou por escrever no Livro de Reclamações do local. Segundo explicam, contam a história por forma a alertar para a situação, na qual se podem ver envolvidas outras famílias.
O hospital terá confirmado a situação, e explicado que haverá seis câmaras frigoríficas.
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