Abrantes alarga dispositivos de combate a fogos rurais a 11 freguesias

Onze das 13 juntas de freguesia do concelho de Abrantes vão integrar o dispositivo municipal de combate a incêndios rurais, colocando no terreno viaturas equipadas com 'kits' de primeira intervenção e rádios de comunicação, anunciou hoje o município.

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Lusa
26/04/2024 20:31 ‧ 26/04/2024 por Lusa

País

Incêndios

Em resposta a um pedido de informação da Lusa, o presidente da Câmara de Abrantes, no distrito de Santarém, disse à Lusa que as carrinhas ligeiras integram o Dispositivo Especial Contra Incêndios Rurais (DECIR), no âmbito municipal, para "responder de forma mais rápida e eficaz no ataque aos incêndios, na sua fase inicial, até que cheguem os reforços ao local do fogo", sendo uma "mais-valia" pela sua proximidade e rapidez.

"Num território tão extenso, como o de Abrantes, precisamos de ter dispositivos em vários pontos do concelho para que, num processo de ignição de um incêndio, possamos ter condições de ataque rápido, na salvaguarda de pessoas e bens", afirmou Manuel Jorge Valamatos.

Este ano, a Câmara de Abrantes reforçou o investimento nos 'kits' de primeira intervenção contra incêndios, num total de 180 mil euros, mais 15 mil euros do que em 2023, ano que contou com 10 freguesias envolvidas, passando agora a integrar também o dispositivo a União de Freguesias de Alvega e Concavada.

O município já investiu, desde 2019, cerca de um milhão de euros (922 mil euros) nos kits para as juntas de freguesia poderem prestar uma resposta mais rápida e eficaz no ataque aos incêndios, na sua fase inicial.

"Nenhum incêndio nasce grande, temos uma área territorial de 714 quilómetros quadrados, temos protocolos com quase todas as juntas de freguesia, além de associações de caçadores, e importa ter estes meios espalhados pelo terreno para detetar e atacar de imediato uma ignição na sua fase inicial", destacou o presidente da Câmara.

Ainda segundo Manuel Valamatos, os kits de primeira intervenção "funcionam também como instrumentos de vigilância, desempenhando um papel dissuasor e informativo, junto da população".

A Assembleia Municipal de Abrantes aprovou hoje a celebração de contratos interadministrativos para "melhor desempenho de atribuições em matéria de Proteção Civil" com as juntas de Freguesia de Abrantes e Alferrarede, Alvega e Concavada, Aldeia do Mato e Souto, Bemposta, Mouriscas, S. Facundo e Vale das Mós, Rio de Moinhos, Tramagal, Carvalhal, Fontes e Pego.

Não integram o DECIR a União de Freguesias de São Miguel do Rio Torto e Rossio ao Sul do Tejo e a Junta de Freguesia de Martinchel, localidades que "não deixam de estar protegidas, já que todos os restantes meios no âmbito da proteção civil são alocados em caso de necessidade".

O DECIR, que arrancou em 2019 com seis juntas de freguesia, integra hoje carrinhas em 11 das 13 freguesias de Abrantes, com apoio financeiro anual de 15 mil euros por 'kit' de primeira intervenção, composto por maquinaria, mangueira e tanque com capacidade de 600 litros de água, formação específica a dois operacionais por carrinha e fatos de proteção individual, sendo as mesmas apetrechadas com rádios de comunicação.

No âmbito do DECIR 2024, a ser apresentado oportunamente, as carrinhas das freguesias, nos períodos de alerta laranja e vermelho, comprometem-se a estar pré posicionadas em Locais Estratégicos de Estacionamento (LEE), dentro do limite da freguesia e em horários também definidos previamente pelo comandante dos Bombeiros de Abrantes e pela Proteção Civil Municipal.

O concelho de Abrantes tem uma área de 714 quilómetros quadrados e uma vasta zona florestal.

A Assembleia Municipal aprovou também hoje os contratos interadministrativos a protocolar com 12 Juntas e Uniões de Freguesia, num montante superior a um milhão de euros (1.040.391,00 euros), para realização de diversas obras nos respetivos territórios, durante o ano 2024.

No caso da União de Freguesia de Alvega e Concavada, que teve eleições autárquicas intercalares em fevereiro, o protocolo será definido e aprovado em fase posterior.

Leia Também: Incêndios. Grupos de trabalho investigaram 1.072 fogos em 2023

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