Dois ativistas da Climáximo foram, este sábado, detidos pela Polícia de Segurança Pública (PSP) durante uma marcha lenta que decorreu na Rua dos Sapadores, em Lisboa.
Num comunicado enviado este sábado às redações, a Climáximo garante que se tratava de "uma marcha pacífica e previamente comunicada". Um grupo de quatro pessoas, de idades compreendidas entre os 22 e os 48 anos, deram pelas 11h00 início à manifestação "contra a destruição da vida e com o fim de alertar a sociedade para não consentir com "a guerra que os governos e empresas declararam contra as pessoas"".
O coletivo salienta que "vários transeuntes locais e também alguns turistas demonstraram o seu apoio ao grupo" com aplausos e que algumas pessoas até se juntaram ao protesto. Ainda assim, a Climáximo acusa a PSP de tentar "limitar" o protesto e de deter duas manifestantes.
O Notícias ao Minuto entrou em contacto com a Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, mas não obteve mais esclarecimentos sobre o caso.
Sara, uma das participantes do protesto garante que os manifestantes marcharam porque "os nossos pais e avós não esperaram que o ditador pudesse fim à ditadura e à guerra colonial. As pessoas resistiram. Hoje é o dever de todas as pessoas parar a guerra que os governos e a indústria fóssil declararam contra nós".
"O governo português já deu provas suficientes de que não vai parar os atos de violência contra a humanidade ao falhar em realizar o corte emissões necessário enquanto se batem recordes de temperatura", assumiu ainda a porta-voz.
A Climáximo lembra ainda que a "ação de protesto acontece dois dias após dos 50 anos da revolução dos cravos e poucos dias depois da Galp anunciar que o poço de petróleo descoberto em janeiro na Namíbia vai ter uma produção equivalente ao consumo nacional de petróleo dos próximos 143 anos".
"Não podemos consentir com a destruição", assumem os ativistas.
Leia Também: Apoiantes do Climáximo distribuem panfletos no metro. PSP interveio