O Presidente da Associação Sindical de Profissionais da Polícia, Paulo Santos, disse, esta quinta-feira, que o "Governo conhece o problema" relacionado com a proposta de atribuição de um subsídio aos elementos das forças de segurança. Paulo Santos relembrou que a Aliança Democrática (AD) "comprometeu-se, caso fosse Governo, a tratar a questão".
Em declarações aos jornalistas antes do encontro com a ministra da Administração Interna (MAI), Paulo Santos salientou que os polícias não têm nenhuma proposta para apresentar ao Governo, já que estão "inseridos numa plataforma" que "deliberou que seria o Governo a apresentar uma proposta".
"O Governo conhece o problema. Criticou muito bem o Governo anterior pelo facto de ter deixado de fora a PSP e a GNR sobre esta questão e comprometeu-se, caso fosse Governo, a tratar a questão da mesma forma", disse Paulo Santos, que reiterou que o setor vai "aguardar com serenidade uma proposta".
Questionado sobre o possível boicote, por parte das forças de segurança, a diversos eventos, Paulo Santos respondeu: "agora, o tempo é de negociação". "Tive oportunidade de dizer à senhora ministra para perceber o que está a acontecer nas foras de segurança, até do ponto de vista da desmotivação", disse.
"Pedimos ao Governo que cumpra a sua palavra", salientou ainda.
Recorde-se que a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, vai apresentar esta quinta-feira aos sindicatos da PSP e associações socioprofissionais da GNR a proposta de atribuição de um subsídio aos elementos das forças de segurança.
A proposta será apresentada, em reuniões separadas, às quatro associações socioprofissionais da Guarda Nacional Republicana e aos seis sindicatos da Polícia de Segurança Pública, que exigem um suplemento de missão idêntico ao que o anterior Governo socialista atribuiu à Polícia Judiciária.
A reunião entre a MAI e a a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia está marcada para 17h00.
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