Os eleitos pelo Movimento 'Rui Moreira: Aqui há Porto', PSD, PS, CDU e BE condenaram veemente este ataque na reunião pública da câmara, frisando que o Porto é uma cidade "tolerante, aberta e de liberdade".
Estas posições surgiram depois de, no início da reunião, o autarca ter dito que este ataque é "inaceitável e um crime de ódio que não pode ser relativizado a qualquer título".
Na madrugada de sexta-feira, vários imigrantes foram agredidos em três locais distintos da cidade do Porto, sendo que pelo menos dois dos agredidos receberam assistência no Hospital de São João.
Num dos casos, o ataque deu-se na casa de 10 imigrantes, na Rua do Bonfim, que foi invadida por um grupo de 10 homens.
Na sequência das diversas agressões, seis homens foram identificados e um foi detido por posse de arma ilegal, tendo sido presente a tribunal e ficado em prisão preventiva.
Na reunião de hoje, a vereadora da CDU, Ilda Figueiredo, disse que estes "comportamentos racistas e xenófobos" são inaceitáveis no Porto e no país.
Esperando que haja um célere apuramento do que aconteceu na madrugada de sexta-feira e punição dos responsáveis, a comunista apelou à solidariedade da população do Porto para com todos".
Também a vereadora do PS Rosário Gambôa repudiou "atitudes xenófobas, racistas, agressivas e violentas" que põem em causa não só o bem-estar das vítimas, mas a paz social e a cordialidade que une as pessoas.
Por isso, tal como Ilda Figueiredo, a socialista espera que a investigação seja devidamente feita e produza resultados.
Por seu lado, a vereadora do BE considerou este ataque inadmissível, pedindo tolerância zero para este tipo de situações.
Maria Manuel Rola entendeu que é preciso atuar para devolver a segurança e estabilidade a quem vive e trabalha na cidade, reforçando que nenhum imigrante é criminoso por ser imigrante.
Também repudiando este ataque, a vereadora social-democrata Mariana Ferreira Macedo ressalvou que tem havido um aumento gradual da criminalidade e sentimento de insegurança, sendo muito importante reforçar as forças policiais.
Na sua opinião, exige-se uma reunião com a ministra da Administração Interna e a revisão das políticas de imigração.
O Porto é uma cidade "tolerante, aberta e de liberdade", por isso, qualquer ataque de ódio tem de ser condenado e investigado, reforçou o vice-presidente da câmara, Filipe Araújo, eleito pelo Movimento 'Rui Moreira: Aqui há Porto'.
Falando em "anos de inoperância" de várias instituições e "grande desinvestimento" em segurança pública, o vice-presidente defendeu o reforço dos meios das forças policiais para mitigar o problema.
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