"Acordo entre partidos é raro. Espero ver novo aeroporto em 10 anos"

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reagiu, esta quarta-feira, à decisão sobre o novo aeroporto, que ficará localizado em Alcochete.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Teresa Banha
15/05/2024 13:21 ‧ 15/05/2024 por Teresa Banha

País

Novo aeroporto

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reagiu, esta quarta-feira, à decisão ao sobre o novo aeroporto, que ficará localizado em Alcochete. 

"Temos anúncio de uma decisão. Ainda por cima um anúncio de uma decisão com acordo entre os dois maiores partidos portugueses. Isso é tão raro, tão raro, tão raro, que eu devo registar e espero que se confirme - as obras no aeroporto que existe e que se confirme o arranque do futuro aeroporto. Fala-se em dez anos... para eu ainda poder ver e utilizar o futuro aeroporto como cidadão", referiu aos jornalistas, em Lisboa.

Questionado se ficou satisfeito com o anúncio da decisão em relação à nova localização, que será em Alcochete, Marcelo foi assertivo: "Fiquei feliz pelo anúncio da decisão. Já passaram mais de 50 anos sobre o arranque do processo, 50 anos em Democracia, tem o acordo dos dois principais partidos, que tiveram em momentos diferentes soluções diferentes no exercício das suas funções. Acho que isso é promissor. Todos esperamos que se possa concretizar", reforçou, sublinhando que "acredita" que em dez anos haverá novo aeroporto.

"Com esta decisão - que envolve dois principais partidos, uma Comissão Técnica Independente e um longo processo de maturação - acho que tem todas as condições para ter sucesso", atirou.

Junto do liceu Camões, onde deu uma aula esta quarta-feira, o chefe de Estado foi questionado sobre que aula daria a um partido que acusa um Presidente de trair os portugueses, numa referência ao debate de urgência convocado pela Chega, e que decorreu esta manhã. "Já sabe que eu em período eleitoral não vou comentar questões partidárias. E, por outro lado, também já sabe que eu tenho uma posição muito aberta da Democracia, que deve admitir a liberdade de expressão de pensamento, de opinião e iniciativa - mesmo relativamente a órgãos de poder críticos em relação a órgãos de soberania. Tudo isso cabe em democracia", respondeu.

Marcelo foi ainda confrontando com as declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, que na sua intervenção no Parlamento referiu que não havia lugar a reparações, mas sim a reconciliações, nomeadamente, pedidos de desculpa e introdução de cursos de crioulo, por exemplo. Marcelo respondeu lembrando o comunicado que o Governo emitiu após as suas declarações, que dava conta de que "não estava prevista nenhuma ação específica no âmbito das reparações. "Há sintonia total. Os governos vão mudando, e vão tendo nessa matéria iniciativas muito diferentes. O governo anterior teve algumas, este outras, e o futuro terá outras", afirmou.

O Governo anunciou na terça-feira que o Aeroporto Humberto Delgado vai sofrer obras para funcionar com mais capacidade enquanto o novo aeroporto - em Alcochete - não estiver operacional, o que deverá acontecer daqui por uma década. Conheça todos os detalhes do 'plano' do Executivo.  

[Notícia atualizada às 13h40]

Leia Também: Reparações históricas: "Traição" de PR ou "reações histéricas"? O debate

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