"Cada metro que a CDU avance é um recuo na injustiça, um recuo na pobreza, um recuo na corrupção, é um recuo nesta vida, nesta política que nos aperta todos os dias os calos, que empurra a maioria para baixo e mete a riqueza concentrada nas mãos de uns poucos", disse.
Paulo Raimundo falava num jantar/comício de apoio à candidatura da Coligação Democrática Unitária (CDU), que junta PCP e PEV, no Funchal, no qual participaram cerca de 200 militantes e simpatizantes, segundo dados da organização.
"Aqui, a CDU é séria, é honesta e não trai, porque quem tem como único compromisso o povo e os trabalhadores, então não tem como trair, porque o povo e os trabalhadores nunca perdoariam à CDU só uma vez a trair", declarou.
O dirigente comunista mostrou-se confiante no reforço da votação na CDU, cuja candidatura é encabeçada por Edgar Silva, coordenador regional da coligação e do PCP.
"Não tenho dúvidas que há muita gente que em anteriores eleições votou em outras forças políticas e que desta vez vai ser na CDU", afirmou, para logo reforçar: "Há centenas e há milhares de pessoas aí à espera que nós façamos o contacto para que essa gente decida de uma vez por todas."
Paulo Raimundo enfatizou que ao votarem na CDU os eleitores estarão a "decidir pelas suas vidas, pela sua habitação, pelo seu caminho, pelo seu salário".
"Mais deputados da CDU, mais votos, mais força à vida dos madeirenses e dos porto-santenses. É este o nosso compromisso, é este o nosso caminho, é isto que nos faz andar aqui: melhorar a vida, resolver os problemas, ser a força transformadora", garantiu.
De acordo com o secretário-geral do PCP, há gente disponível para acompanhar a candidatura encabeçada por Edgar Silva até ao dia das eleições, reforçando a sua força "contacto a contacto, conversa a conversa, homem a homem, mulher a mulher, canto a canto, nas zonas altas e em qualquer canto da Madeira, nas empresas, nos locais de trabalho".
As legislativas da Madeira de 26 de maio decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.
As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.
Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco, o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.
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