CEP defende "abertura de horizontes" no sentido do acolhimento

O vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), Virgílio Antunes, defendeu hoje no Vaticano a necessidade de uma "abertura de horizontes" da evangelização, nomeadamente no "acolhimento das pessoas".

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© REUTERS/Remo Casilli

Lusa
20/05/2024 17:19 ‧ 20/05/2024 por Lusa

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No final de um encontro com a Secretaria-Geral do Sínodo dos Bispos, que abriu a visita "ad Limina" que os bispos portugueses iniciaram hoje ao Vaticano, o também bispo de Coimbra, em declarações citadas pela agência Ecclesia, disse esta abertura deve acontecer no sentido de fomentar "uma relação mais eficaz e mais eclesial entre os membros da hierarquia, a generalidade dos cristãos leigos [e] dos consagrados", potenciando a reorganização das diferentes estruturas da Igreja.

Virgílio Antunes assegurou que o tema da sinodalidade está na "centralidade da vida da Igreja", nomeadamente na Igreja em Portugal, nas suas diferentes dioceses e movimentos.

"A Igreja em Portugal está envolvida, está de coração aberto, está disponível para fazer caminho com o Santo Padre, o Papa Francisco, para fazer caminho com todos os que são participantes ativos na própria Assembleia Sinodal, e nós temos o nosso contributo, talvez humilde e simples, a dar, sobretudo a disponibilidade para a renovação", afirmou.

Segundo o bispo de Coimbra, "a maior parte do trabalho faz-se (...) nas comunidades concretas, aí é que entra ou não entra o dinamismo da sinodalidade como modo de ser da Igreja".

Os bispos portugueses estarão em Roma até sexta-feira, quando terão uma audiência com o Papa Francisco.

Para o dia de hoje, estavam também previstas reuniões no Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica e na 1.ª Secção do Dicastério para a Evangelização.

A visita "ad Limina Apostolorum" é feita de cinco em cinco anos -- esta deveria ter ocorrido em 2020, mas foi adiada devido à pandemia de Covid-19 -, e, além de reuniões dos prelados com os diferentes dicastérios da Santa Sé, encontram-se também com o Papa, com o Código de Direito Canónico a estabelecer que "o Bispo Diocesano tem obrigação de apresentar ao Sumo Pontífice, a cada cinco anos, um relatório sobre a situação da diocese que lhe está confiada".

Nesse relatório, segundo informação da CEP, os bispos prestam contas das suas administrações ao Papa e à Santa Sé.

O programa teve início esta manhã, com o encontro com a Secretaria-Geral do Sínodo dos Bispos, cuja segunda Assembleia decorrerá no Vaticano em outubro.

Até sexta-feira, além das reuniões nos diferentes dicastérios, das visitas aos túmulos dos apóstolos e do encontro com o Papa, está também previsto um jantar na Embaixada de Portugal junto da Santa Sé.

O grupo desta visita é constituído por 29 membros da CEP: 20 bispos diocesanos, cinco bispos auxiliares, um bispo eleito (Beja), dois bispos eméritos (Cardeais António Marto e Manuel Clemente) e um Padre (secretário e porta-voz da CEP).

Leia Também: Tema "importante" dos abusos na agenda da visita dos bispos ao Vaticano

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