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Mulher com cancro submetida à eutanásia em praia da Nova Zelândia

Uma mulher britânica de 57 anos, que lutou durante vários anos para que a morte assistida fosse autorizada no Reino Unido, foi eutanasiada, na quarta-feira, numa praia “isolada” da Nova Zelândia.

Mulher com cancro submetida à eutanásia em praia da Nova Zelândia
Notícias ao Minuto

13:14 - 24/05/24 por Notícias ao Minuto

Mundo Eutanásia

O anúncio da morte de Tracy Hickman, que sofria de um cancro incurável, foi feito por um amigo, no Instagram.

"Ela morreu na praia, sob o sol, rodeada de família e amigos, exatamente como queria", escreveu Dom Harvey numa publicação onde partilhou também uma foto da amiga, que descreveu como "adorada, filantropa, consultora de negócios respeitada, ávida amante de chocolate e muito mais", "com um coração bondoso".

Nos comentários muitos são os que agradecem a Tracy o "exemplo" e a "inspiração" que sempre foi.

Tracy, que passou a vida a viajar e a participar em maratonas, mesmo depois de lhe ser diagnosticado cancro da mama em 2019, já tinha revelado que queria morrer enquanto ouvia as ondas do mar. Diz antes, também nas redes sociais, a britânica tinha anunciado que ia recorrer à eutanásia na Nova Zelândia e que stava em "paz" com esta decisão. "Quanto mais perto chega a data, mais em paz me sinto", escreveu, adiantando, contudo, que estava triste pelo sofrimento que esta sua decisão estava a causar à família e amigos, embora eles a entendessem.

"A alternativa é viver mais alguns meses, mas ter uma morte incerta e dolorosa", realçou Tracy, cujo estado de saúde piorou nos últimos meses, depois de o cancro se espalhar por todo o corpo.

Em entrevista ao The Guardian, a britânica instou o Reino Unido a mudar as suas leis sobre a eutanásia. "Vejam o exemplo da Nova Zelândia e façam melhor. Há muita ênfase no direito à vida, mas as pessoas deviam também ter direito a uma morte serena e suave", sublinhou.

Recorde-se que a eutanásia é legal na Nova Zelândia desde o dia 7 de novembro de 2021. Para ser legível à morte assistida, a pessoa tem de ter mais de 18 anos e estar a passar por um sofrimento insuportável e uma doença terminal. O paciente tem ainda de ter um documento médico que atesta que não tem mais de seis meses de vida.

Leia Também: "Alívio". Após "batalha", mulher de 29 anos autorizada a ser eutanasiada

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