O chefe de estado português frisou que "o objetivo é atingir a paz" e não "fazer a guerra pela guerra".
Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas em Oeiras à margem da inauguração do Centro de Direitos Humanos da Amnistia Internacional, no dia em que Zelenksy chegou a Portugal para a assinatura de um acordo bilateral de cooperação e segurança que prevê o compromisso de Portugal fornecer a Kyiv apoio militar de pelo menos 126 milhões de euros este ano, incluindo contribuições financeiras e em espécie.
Marcelo Rebelo de Sousa reconheceu que "a Ucrânia viu violados certos direitos que o direito internacional lhe conferia", mas considerou agora fundamental "trabalhar pela construção da paz", sublinhando que isso é, "no fundo, trabalhar pelos direitos humanos, porque estão pessoas a morrer, pessoas a sofrer e são milhões de pessoas nessa situação, muitas delas refugiados, incluindo em Portugal".
O Presidente português insistiu que "o objetivo é a paz" e que, "por isso, haverá na Suíça uma de várias cimeiras que no futuro se debruçarão sobre a questão da paz".
"É um processo, não é um momento, não é um instante, e nesse processo (negocial) Portugal estará representado", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, notando que será preciso "encontrar uma força de conjugação de vários poderes de Estado".
O acordo assinado hoje inclui a "assistência humanitária, financeira, militar, política" e no que diz respeito ao processo de integração na União Europeia.
O acordo bilateral começou a ser planeado depois da última cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em julho do ano passado, em Vilnius (Lituânia), na altura ainda com o anterior Governo, e agrega toda a intervenção portuguesa junto das autoridades ucranianas desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022.
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