Cuidados continuados lamentam ausência de medidas no Plano de Emergência

A Associação Nacional de Cuidados Continuados (ANCC) lamentou hoje a ausência de medidas para o setor no Plano de Emergência para a Saúde, questionando como será feita a libertação de camas indevidamente ocupadas nos hospitais.

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Lusa
29/05/2024 15:54 ‧ 29/05/2024 por Lusa

País

Saúde

"A Associação Nacional dos Cuidados Continuados vem, desta forma, lamentar profundamente que o tão aguardado Plano de Emergência para a Saúde não tenha uma única medida ou palavra sequer relativa aos cuidados continuados", reagiu a ANCC em comunicado.

Isto apesar de o plano prever a "libertação de camas indevidamente ocupadas nos internamentos hospitalares", isto é, 2.164 casos apontados pelo Governo, sendo que, destes, 44% aguardam vaga na Rede Nacional de Cuidados Continuados",

A associação acusa o executivo de dar continuidade à política do anterior e a uma postura em que os cuidados continuados "não interessam para resolver os problemas do setor da saúde, quando são tão fundamentais", sublinhando que "o Governo não explica como irá resolver estes internamentos indevidos".

A ANCC critica ainda a referência à valorização dos profissionais de saúde por entender que exclui os do setor privado e social, que "o Governo despreza e discrimina face aos do setor público ao não pagar o suficiente para que estes tenham salários iguais aos funcionários públicos", que auferem entre 60% e 80% mais do que os do setor social e dos cuidados continuados.

"Há quem atribua a frase a Eça de Queiróz (outros a Mark Twain): 'Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente pela mesma razão'. Neste caso, mudaram-se os políticos, mas continua tudo a cheirar mal no que respeita à forma como tratam o nosso setor", criticou a ANCC.

O Plano de Emergência da Saúde está organizado em cinco eixos estratégicos prioritários.

Regularizar o acesso aos cuidados de saúde garantindo o atendimento do doente no tempo clinicamente recomendado é um dos eixos do plano, que visa também criar um ambiente seguro para o nascimento, reforçar o serviço de urgência, resolver os problemas de acesso aos cuidados de saúde primários e garantir o acesso a serviços habilitados à prestação de cuidados de saúde mental.

Em cada eixo, o plano prevê medidas urgentes, de aplicação imediata, para obter resultados num período de até três meses; prioritárias, planeadas para gerar resultados até ao final do ano; e estruturantes, com planeamento e aplicação a médio-longo prazo.

Leia Também: Ordem dos Médicos: "Governo apontou SNS como a sua principal prioridade"

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