A Polícia Judiciária (PJ) participou na "maior operação de sempre" contra 'botnets', a partir da sede da Europol, visando "o desmantelamento de diversos prestadores de serviços no contexto do cibercrime".
A operação culminou em quatro detenções (uma em Portugal), 11 buscas domiciliárias (duas em Portugal), na apreensão de 2.000 nomes de domínio e no encerramento de 90 servidores, diz a PJ, em comunicado.
"Na operação 'Endgame', na qual participaram, também, autoridades nacionais de França, Alemanha, Países Baixos, Dinamarca, Reino Unido, Estados Unidos da América, Arménia, Bulgária, Suíça e Ucrânia, foi deitada abaixo a atividade de múltiplos 'droppers' de malware, incluindo IcedID, systemBC, Pikabot, Smokeloader e Bumblebee", lê-se na nota informativa.
Trata-se de "software malicioso construído para infetar sistemas informáticos e, dessa forma, possibilitar o acesso posterior a outras formas de malware (vírus, 'spyware' e 'ransomware')".
A PJ explica que a "atividade de um 'dropper' caracteriza-se pela infiltração de um sistema alvo (entrando a coberto de correio eletrónico, páginas web comprometidas ou associado a aplicações legítimas), a sua execução nesse sistema, a utilização de técnicas evasivas (procurando dissimular a sua pegada digital) e, finalmente, a instalação do 'payload' (malware adicional que irá afetar o equipamento)".
A participação da PJ aconteceu entre 27 e 29 de maio, através da sua Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica, "que recolheu um número considerável de equipamento informático que permitirá, simultaneamente, recolher prova relevante da atividade criminosa e sustentar posteriores investigações".
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