"Finalmente vamos ver-nos livres de Marcelo Rebelo de Sousa daqui a um ano e meio", salientou.
André Ventura, que discursava num jantar/comício em Torres Novas (distrito de Santarém) com cerca de 400 pessoas, inserido na campanha para as eleições europeias, acusou o chefe de Estado de trair "o seu povo, a sua história, os seus trabalhadores".
"Felizmente está a um ano de acabar a sua função verdadeiramente", afirmou.
O mandato do Presidente da República termina em março de 2026, mas nos seis meses anteriores não pode dissolver a Assembleia da República.
André Ventura voltou também a desafiar Marcelo Rebelo de Sousa para responder à comissão de inquérito ao caso das gémeas, forçada pelo seu partido.
"Espero que ainda vá responder porque está aí a correr que o Presidente não vai. Não quero acreditar que o Presidente que pediu transparência a todos sempre, inclusive ao Chega, agora que se vê ele envolvido num caso que é grave [...] se exima ou fuja à responsabilidade e à justiça", defendeu.
E deixou um apelo direto: "Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, há momentos na vida em que nos definimos como políticos. Responder a esta comissão de inquérito, responder para ter justiça e transparência não é só uma questão de ser político ou não ser, é de exercer um cargo público com decência e com dignidade".
"Se acredita na verdade, se acredita na transparência, responda a esta comissão de inquérito, responda aos portugueses sobre este caso", acrescentou.
Ouviram-se apupos e assobios na sala quando o líder do Chega considerou ser "chocante" que o Presidente da República defenda reparações às antigas colónias.
André Ventura considerou que "este país que deu mundos ao mundo nunca se envergonhará da sua história e não pagará um cêntimo a ninguém no que depender do Chega", porque deixou lá "muito mais" do que recebeu.
"E se nunca pagámos um cêntimo a quem teve de fugir de lá sem nada, a quem o Portugal de 1975 abandonou à sua sorte, se não demos a esses um cêntimo, se não demos à família dos retornados de África um cêntimo, se deixámos os antigos combatentes na miséria mais abjeta, o que é que temos de pagar as nossas antigas colónias? Zero, não pagaremos nada às antigas províncias ultramarinas", afirmou.
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