A Transportes Sul do Tejo, com cerca de 900 trabalhadores, opera uma rede rodoviária no distrito de Setúbal servindo os concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra, no distrito de Setúbal.
Sara Gligó, dirigente da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), explicou em declarações à agência Lusa que, de um total de 500 autocarros, saíram 30 às 8h00 de todos os parques, nomeadamente do Laranjeiro, Caramujo, Carrasqueira e Quinta do Conde.
Por seu lado, fonte da empresa disse à agência Lusa que, às 9h00 de hoje, 50,3% do efetivo da empresa estava a trabalhar em todos os parques.
Os trabalhadores, que já tinham realizado 24 horas de greve nos dias 9 e 28 de maio, decidiram no último plenário marcar mais dois dias de greve, para hoje e para 25 de junho.
O plenário foi convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), afeto à Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), e pelo Sindicato Nacional dos Motoristas (SNMOT) para dar a conhecer aos trabalhadores a proposta entretanto apresentada pela TST, numa reunião realizada no dia 20 de maio.
Sara Gligó explicou que a empresa apresentou algumas alterações à proposta inicial, deixando cair, por exemplo, a obrigatoriedade de o subsídio de refeição ser pago em cartão, uma das reivindicações dos trabalhadores, aumentando o valor para 7,30 euros a partir de 1 de junho.
Por outro lado, adiantou, a empresa manifestou também disponibilidade para aplicar 5,89% de aumento em 2024, com um mínimo de aumento de 60 euros.
Além disso, a empresa está também disponível para igualar em 31 de dezembro os salários dos trabalhadores da TST aos ordenados praticados pela empresa Alsa Todi (que opera nos concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal), para que os trabalhadores da península de Setúbal fiquem com os salários nivelados.
Contudo, explicou a sindicalista, os trabalhadores entendem que os valores propostos pela empresa ainda não chegam aos 80 euros de aumento e aos 9,60 euros de subsídio de refeição que reivindicam.
Sara Gligó adiantou que os trabalhadores mantêm a disponibilidade para negociar, mas até ao momento não houve qualquer contacto por parte da empresa.
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