O filho do Presidente da República recusou ser ouvido na Comissão de Inquérito (CPI) ao caso das gémeas luso-brasileiras tratadas em Portugal, avança TVI, do mesmo grupo da CNN Portugal.
O advogado de Nuno Rebelo de Sousa adiantou ao Parlamento que o seu cliente não está disponível para prestar declarações, nem enviar documentos. O filho do Presidente da República justificou a decisão com o facto de ser um dos visados no processo-crime sobre o tratamento administrado às meninas.
Nuno Rebelo de Sousa pretende assim só prestar esclarecimentos ao Ministério Público (MP), conforme referiu o advogado Rui Patrício à CPI.
O filho do Chefe de Estado foi notificado para prestar esclarecimentos sobre o seu envolvimento no alegado caso de favorecimento às gémeas. Perante a recusa, a justificação de Nuno Rebelo de Sousa pode não ser aceite, uma vez que poderá ser considerada como um crime de desobediência, garante a TVI. O regimento prevê que a recusa terá de ser transmitida ao MP.
As audições da comissão de inquérito sobre o caso das gémeas tratadas no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, com um medicamento que tem um custo de dois milhões de euros por pessoa, arrancaram segunda-feira, com o depoimento do ex-secretário de Estado Adjunto e da Saúde António Lacerda Sales.
A mãe das gémeas é a próxima a depor. A audição está agendada para sexta-feira, através de videoconferência.
O presidente da comissão indicou também que os trabalhos vão decorrer até 26 de julho, sendo suspensos durante o mês de agosto, e retomam no dia 10 de setembro.
[Notícia atualizada às 20h46]
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