Escutas? "Não me parece que [a PGR] possa intervir mais do que já fez"

A ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, considerou que o "conteúdo" das fugas de informação é "pouco relevante", sendo que "o que é facto é que existe uma violação do segredo de Justiça".

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Notícias ao Minuto
21/06/2024 23:23 ‧ 21/06/2024 por Notícias ao Minuto

País

Anticorrupção

A ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, considerou, esta sexta-feira, que "sempre que existe uma violação do segredo de Justiça deverá haver uma investigação para perceber o que é que esteve na origem" e este "é o procedimento correto".

A ministra respondia, em entrevista à SIC Notícias, a uma questão sobre a recente divulgação de escutas que envolvem o antigo primeiro-ministro António Costa e o antigo ministro das Infraestruturas João Galamba.

Sobre a posição da Procuradora-Geral da República perante o assunto, Rita Alarcão Júdice preferiu afirmar que Lucília Gago "tem que seguir os trâmites que lhe são normais, tem que esperar o resultado dessa investigação".

"Não me parece que possa intervir mais do que já fez. Não me parece que tenha atuado de forma incorreta. O que está mal é a violação ao segredo de Justiça, tendo existido", defendeu.

A ministra da Justiça, numa altura em que o Governo lançou uma agenda contra a corrupção, com 32 medidas, considerou que as fugas de informação "minam a confiança dos cidadãos e a desconfiança das entidades que aplicam a justiça". Isso sim, "sempre existiram fugas e violações do segredo de Justiça, é algo que infelizmente tem ocorrido ao longo da nossa vida pública e são conhecidas".

"Como ministra da Justiça só posso condenar essas fugas e não posso retirar daqui nenhumas teorias conspirativas. Acho que deve haver uma ação concreta", acrescentou, considerando que, "a existir uma fuga", o seu "conteúdo" é "pouco relevante".

"O que é facto é que existe uma violação do segredo de Justiça e isso não deve ser tolerado", concluiu.

Leia Também: Ex-PGR Cunha Rodrigues diz que tem havido "abuso" do recurso a escutas

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