O presidente do Sindicato Nacional de Oficiais de Polícias, Bruno Pereira, respondeu, esta terça-feira, às declarações do primeiro-ministro que assegurou que não vai colocar "nem mais um cêntimo" na proposta para as forças de segurança, e reiterou que se trata de uma "questão de vontade de fazer mais do que tem sido feito e fazer diferente".
"Achamos que 400 euros é perfeitamente comportável. Se existirem medidas que resultem de uma organização que permita poupar dinheiro. E essa poupança de dinheiro pode ser alocada para este aumento salarial", afirmou Bruno Pereira em declarações à RTP3.
Sobre as acusações de Luís Montenegro de que as forças de segurança estão a ficar cada vez mais politizadas, Bruno Pereira rejeitou a ideia. "De modo algum", respondeu. "Não me parece de bom tom que um líder político possa comportar-se com um líder sindical", assegurou.
"A democracia tem imensas virtudes, mas também permite que outros possam vestir uma veste que não é a deles", afirmou Bruno Pereira, que destacou ainda que o "papel do partidos políticos é na Assembleia da República".
Bruno Pereira deixou ainda um apelo a que "haja um cuidado maior relativamente a esta colagem de polícias, ou qualquer outro serviço da administração, a cores ou quadrantes políticas".
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