Distrito do Porto une-se em manifesto contra portagens nas scut

Os autarcas do Porto, Maia, Gondomar, Gaia e Valongo, bem como sindicatos, empresários e várias associações do distrito do Porto assinaram o 'Manifesto Porto Sem Portagens' contra a não abolição das portagens nas ex-scut do distrito.

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Lusa
07/07/2024 15:40 ‧ 07/07/2024 por Lusa

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O 'Manifesto Porto Sem Portagens' é uma iniciativa de Jorge Machado, advogado e ex-deputado do Partido Comunista Português (PCP) na Assembleia da República, e tem o objetivo de fazer pressão política junto do Governo e do parlamento para abolir as portagens no distrito do Porto.

Em entrevista telefónica à agência Lusa, Jorge Machado fala em "injustiça" da exclusão do distrito do Porto livre de pagamento de portagens como foi aprovado no resto do país, o que provoca um sentimento de "insatisfação" face a outros distritos portugueses.

O antigo deputado considera que no mesmo momento em que se pretende eliminar as portagens nas scut dos outros distritos, também se deve exigir o fim dos pórticos da A4 em Matosinhos, Maia e Valongo, da A28 em Vila do Conde e Póvoa de Varzim, da A29, da A41 e da A42.

O objetivo deste manifesto é "precisamente encontrar uma plataforma que envolva gente de diferentes quadrantes políticos", designadamente associações empresariais, representantes dos trabalhadores, empresários que aderiram individualmente e autarcas e "exercer uma espécie de reflexo da sociedade do distrito do Porto contra esta injustiça que está criada contra o distrito", explica Jorge Machado.

"Depois da aprovação legítima e que consideramos positiva da eliminação das portagens nos restantes distritos do país, com a exceção do distrito do Porto e face à incompreensão que essa decisão teve num conjunto de pessoas, percebi que era possível e mobilizei e contactei pessoas no sentido de assinarem este 'Manifesto Porto sem Portagens' com o objetivo de criar pressão política sobre o Governo e a Assembleia da República, a fim de corrigir esta injustiça a tempo no próximo Orçamento do Estado [2025]".

O manifesto surge na sequência da decisão do parlamento ter aprovado uma proposta do PS para, a partir de 2025, acabar com as portagens em todas as ex-scut, à exceção das localizadas no distrito do Porto.

Os subscritores são os presidentes Rui Moreira (independente), da Câmara do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues (PS), de Vila Nova de Gaia, Marco Martins (PS), de Gondomar, José Manuel Ribeiro (PS), de Valongo, António Silva Tiago (PSD), de Maia.

Alfredo Maia, deputado do PCP na Assembleia da República, Filipe Pereira, coordenador da União de Sindicatos do Porto, António Silva, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Valadares, a Agros - União das Cooperativas de Produtores de Leite, a ANTRAM - Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias e a Horpozim - Associação Empresarial Hortícola da Póvoa de Varzim estão também entre os subscritores do manifesto.

João Paulo Carvalho, empresário do setor do mobiliário, Reinaldo Teixeira, empresário do setor do calçado, e Valdemar Madureira, economista, são os outros dos signatários, além do antigo deputado do PCP Jorge Machado.

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